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domingo, setembro 16, 2007

Que tipo de pessoa se auto-denomina 'progressista'?

Que tipo de pessoa se auto-denomina 'progressista'?

Todos nós queremos progresso. Podemos discordar quanto a se o casamento gay ou a legalização das drogas são um progresso ou não. Mas todos nós queremos coisas melhores para o mundo - alimentação melhor, saúde e bem-estar melhores, avanços tecnológicos e científicos, sistemas políticos mais sensatos, menos violência e maior liberdade, crianças mais felizes, tratamento mais humano para os animais, maior tolerância, maior prosperidade para o mundo, e por aí vai. Isso é o que todas as boas pessoas desejam.

Então que tipo de pessoa sente a necessidade de se auto-denominar 'progressista'? Obviamente é alguém que acredita que ele (ou ela) compreende o progresso melhor do que o resto do mundo. Pois se você é um Progressista, isso implica que todas as demais pessoas, são retrógradas, ou talvez apenas prefiram a estagnação. É uma maneira afetada de se auto-lisonjear, de dizer que você é melhor do que os outros.

Então que tipo de ego tem uma pessoa dessa? E o que ela acha dos outros? Na realidade, os Progressistas devem acreditar que as outras pessoas são piores do que elas; que somente elas podem Salvar o Planeta, ou criar a Paz na Terra, ou acabar com a Desigualdade, ou qualquer pecado que torne a humanidade vil.

Como um pastor evangélico que focaliza somente os pecados, os Progressistas sentem necessidade de enfatizar as falhas das outras pessoas. Eles precisam apontar essas falhas para se sentirem importantes. Pois os Progressistas deixam claro que o obstáculo ao Progresso são as Outras Pessoas. De fato, se você perguntar a um "Progressista" como as outras pessoas são, você vai ouvir que a maior parte da humanidade ou é ignorante ou é perversa.

A palavra progressista se tornou popular pela primeira vez no fim do século 19, mas agora tem sido adotada como sinônimo popular de "socialismo". Algumas pessoas não gostam de socialismo, pois ele está associado ao fracasso e ao genocídio na União Soviética e em outros países e associado aos piores ditadores da história. Mas "progressista" soa melhor. Então ele é um eufemismo para algo ruim que as pessoas detestam, uma etiqueta que cobre o verdadeiro significado.

A coisa estranha nisso é que o verdadeiro progresso no mundo quase nunca é alcançado pelos auto-proclamados "Progressistas". Eles geralmente tornam as coisas piores em vez de melhorarem. (Vejamos os insanos proponentes das utopias, desde Ahmadinejad à Stálin e Bin Laden). Como grupo, eles são pessimamente capacitados para até mesmo entender o mundo com alguma profundidade. Ao contrário, são os fazendeiros, homens de negócio, engenheiros, professores, trabalhadores, cientistas, soldados, policiais, médicos, inventores, escritores, todos esses que criam progresso verdadeiro - ou que impedem o mundo de escorregar de volta ao barbarismo.

Todos os radicais no mundo juntos jamais criaram progresso econômico maior do que os inventores da Coca-Cola Diet ou do adesivo Post-It. Sinto muito mas essa é a verdade franca. O delírio ególatra "Progressista" não passa de uma "ego trip".

A mesma coisa vale para o "pós-modernismo", e os vários outros rótulos da Esquerda. Se você é um "pós-modernista", você está implicando que todos os outros pertencem ao atraso: ultrapassados e deixados para trás, a menos que concordem com você. A parte do mundo Progressista já partiu para além do modernismo, ou qualquer que seja o "ismo" a ser ultrapassado. E por que alguém acreditaria em algo tão obviamente falso como isso? Basicamente, para se auto-lisonjear e puxar o saco de seus companheiros de ilusão.

A coisa "in" de hoje em dia é ser "pós". Vários movimentos da Esquerda adoram se intitular de "pós-industrial", "pós-estrutural", pós isso, pós aquilo. Isso tudo apenas significa "você é um ultrapassado, seu tempo já acabou e foi enterrado".

Que tipo de pessoa precisa acreditar nisso? Que tipo de auto-conceito faz alguém querer sentir que ninguém é tão Progressista e tão "pós" do que ele mesmo? Que escola o ensinou a ter tanto desprezo pelos outros?

Ou tomemos as expressões "anti-racista" ou "anti-facista". Se você se define como um anti-racista/anti-fascista, isso significa que os outros devem ser racistas e fascistas, certo? Mas quer saber? São poucas as pessoas que andam com capuz da Klu-Klux-Klan e a foto do Mussolini (ou do Getúlio Vargas) na carteira. Você tem que querer acreditar e estar mais disposto a apontar seu dedo para os suspeitos do que os demais.

"Você é um racista! Você é um homofóbico!" É tudo muito infantil e tem efeitos perniciosos. É uma mentalidade que cultiva um sentido de vitimidade acusatória e desconfiada, cheia de ódio contra o resto da humanidade. E sendo baseada em meras aparências, ela é bastante superficial.

Todo o Politicamente Correto, esse tema cultural dominante da Esquerda, depende de tais alegações e acusações. É incrivemente raso e superficial - mas também é bastante efetivo no jogo de poder. Se você pode colocar o mundo em desvantagem ao implicitamente acusá-los de pecado, você também pode manipular e oprimir os outros, consciente de sua própria superioridade moral - que é desprovida de evidências. É o McCartismo pervasivo da Esquerda.

- baseado no artigo de James Lewis: "What Kind of Person Calls Himself 'Progressive'?"

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postado por Fernando às      

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