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sábado, agosto 25, 2007

Por que os esquerdistas odeiam o Rocky Balboa?

Porque os esquerdistas odeiam o Rocky Balboa e todos os outros filmes que retratam o triunfo individual

Adaptado/traduzido do artigo de Jamie Glazov

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Há filmes que contrariam a vontade dos figurões do socialismo internacional e retratam o indivíduo como responsável pelo seu próprio destino, minimizando os papéis dos "órgãos reguladores" e "programas sociais" coletivistas, paternalistas e totalitários. Enquanto num mundo livre as pessoas teriam assegurada sua liberdade de buscar a felicidade, num estado socialista estará assegurada a infelicidade de todos (exceto a camarilha que está no poder).

Em 1976, o Sylvester Stallone criou e atuou no clássico "Rocky", que ganhou prêmio de melhor filme.

"Rocky" simbolizou mais do que um mero pugilista simplório. O que seu filme celebrava era o triunfo do espírito humano e da iniciativa individual contra todas as condições adversas. E é justamente isso que enerva os esquerdistas. Muitos deles não conseguem conter a raiva e o profundo desprezo pelo filme.

No "Rocky I", testemunhamos as tentativas e tribulações de Rocky Balboa, um boxeador de uma área pobre da Filadélfia. Primeiro, o vemos como um pugilista amador que luta por uns trocados e trabalha como cobrador para um agiota. No final, mesmo ele perdendo a luta final por uma margem mínima de pontuação, ele ainda consegue ser bem sucedido, como lutador e como ser humano.

O tema principal do filme não poderia ser mais claro: o indivíduo consegue ser bem sucedido não importam as condições - desde que ele se esforce com determinação e suor.

E é aqui que percebemos a primeira pista do porque ser difícil para um esquerdista gostar desse tipo de filme. Esses ideólogos passaram suas vidas inteiras odiando os EUA e vendo esse país como uma "ordem social injusta", politica e economicamente. Eles não conseguem se humanizar o suficiente para reconhecer as dimensões humanas desse filme. Isso seria uma traição à sua fé política.

Enquanto uma pessoa normal assiste o filme e se emociona com a simplicidade e o esforço do protagonista, os esquerdistas reclamam da "estrutura de classe" ou outra palavrinha da moda esquerdista qualquer. Eles odeiam o filme pelo que ele é e pelo que ele não é. É como ir a um show de comédia e reclamar que o comediante fica contando piada toda hora e que as pessoas estão rindo demais.

Rocky luta contra a burocracia que se mete em tudo

O primeiro grande obstáculo do pugilista não é a idade ou a disposição para treinar. São os burocratas intrometidos que, pelo menos inicialmente, negam licensa para lutar e, consequentemente, negam seu direito de buscar sua felicidade pessoal. Eis o diálogo que retrata isso:
Rocky Balboa: Ei, cadê os meus direitos?
Burocrata da Comissão Atlética Estadual: Que direitos você pensa que está se referindo?
Rocky Balboa: Direitos, como aqueles que estão escritos naquele documento oficial ali na rua.
Burocrata: Aquela é a Carta de Direitos.
Rocky Balboa: Sim, sim. Carta de Direitos. Ali não diz algo sobre correr atrás do que te faz feliz?
Burocrata: Não, é a busca da felicidade. Mas o que isso tem a ver?
Rocky Balboa: Tem a ver é que eu estou buscando algo e ninguém parece muito contente com isso.
Burocrata: Mas... nós estamos cuidando dos seus interesses.
Rocky Balboa: Eu agradeço, mas talvez vocês estejam cuidando dos interesses de vocês um pouco mais do que os meus... Quero dizer, talvez vocês estejam fazendo o seu trabalho mas por que vocês têm que me impedir de fazer o meu? Pois se alguém está disposto a batalhar para chegar à uma posição, quem tem o direito de impedir? Talvez alguns de vocês fez uma coisa e nunca terminou, algo que queriam muito fazer, algo que nunca contaram a ninguém, alguma coisa... e dizem à vocês "não", mesmo depois que vocês pagaram o que deviam? Quem tem o direito de dizer isso à vocês? Ninguém! É o seu direito de seguir sua própria cabeça, ninguém tem direito de dizer "não" depois que você fez por merecer o direito de chegar onde você quiser e fazer o que você quiser! ... Quanto mais velho eu fico, mais coisas eu tenho que deixar para trás, essa é a vida. A única coisa que eu peço à vocês que deixem para mim... é o que é direito.
Viver a vida como esquerdista é como uma tortura porque eles praticamente tentam negar todos os impulsos naturais o tempo inteiro e tentam suprimir esses impulsos nos outros.

Na verdade, as esquerdas sempre viram o ser humano como uma entidade moldável a ser conformada segundo um padrão. Foi isso que Rousseau e Marx propuseram e o experimento comunista tentou praticar. Não é mistério nenhum, portanto, que a mera menção do Rocky Balboa cause convulsões histéricas nos esquerdistas.

Vejamos o tema homem-mulher que o filme retrata. Rocky representa um cara duro na queda e isso raramente é visto na cultura popular de hoje em dia. Por causa do politicamente correto, está havendo uma feminização da cultura. Os heróis proclamados pelo politicamente correto estão começando a parecer frutinhas e Rocky Balboa viola o código esquerdo-fascista que tira do homem o direito de ser macho.

As partes mais bonitas do filme são quando o Rocky conversa com a Adrian sobre a vida de um homem. Ele fala da necessidade de enfrentar os desafios, de sua vulnerabilidade e seus medos. Quantas vezes isso foi retratado na cultura popular recente? Nunca mais ouvimos falar disso.

No âmago do sonho esquerdista está a destruição dos gêneros, já que os papéis de homem e mulher são vistos como uma construção social opressiva. Portanto, não é de se admirar que, um cara musculoso, que tem que ser "macho" e entrar no ringue, enfureça tanto as esquerdas. Segundo as feministas cooptadas pela esquerda, a presença de um homem musculoso é um ataque às mulheres. A exibição de um personagem heróico, agressivo e determinado tem tudo a ver com ideologia política e com a noção de "masculinidade" sendo imposta aos homens para a desvantagem das mulheres - segundo o credo esquerdo-feminista.

É de se imaginar como será quando essa apregoada igualdade chegar. Homens vão entrar no ringue sem nenhum músculo, só com pelancas e banhas. Talvez, na verdadeira utopia, em vez de vestirem calções e tênis de boxe, os lutadores entrarão no ringue de tanguinhas e saltinhos altos. É claro que para esses esquerdo-feministas vai ser preferível que o boxe nem exista. E, provavelmente, que os homens não existam também.

Outro ponto intragável para os esquerdistas é a maneira como Rocky e Adrian se amam. Rocky repete para Adrian que ele é um homem e tem que fazer o que um homem deve fazer. Adrian concorda, apesar de suas reservas, em apoiá-lo e ficar ao seu lado - porque ela é uma mulher. É uma relação muito amorosa, difícil de se ver hoje em dia.

Rocky tenta fazer com que ela se sinta como uma mulher - algo que ela tinha escondido dentro dela. Ela se escondia por trás de suas roupas e seus óculos. Há uma cena em que ele tira os óculos dela, rompendo os limites que continham sua feminilidade. E eles se beijam pela primeira vez. É nesse momento que vemos a sedução de uma mulher por um homem - esse ingrediente atemporal e glorioso da nossa condição humana.

Mas quando um esquerdo-feminista assiste isso, bem, eles ou elas odeiam esses temas. Eles querem acabar com essas realidades.

Além do aspecto de gênero, "Rocky" trangride a fé "progressista" na ausência de oportunidade econômica e social do capitalismo "opressivo". Rocky consegue uma chance de subir na vida. A esquerda simplesmente odeia isso. Mas Stallone celebra o fato de que em um país capitalista, as pessoas têm chances e podem ser bem sucedidas em suas iniciativas. A chave é que Rocky atinge sua meta individualmente. É ele contra tudo. Assim vemos o triunfo do indivíduo e do espírito humano.

Para a esquerda, os indivíduos devem ser apagados e o espírito humano simplesmente não existe. Para eles, Rocky é um filme ruim e opressivo que "perpetua a desigualdade" porque o protagonista atinge o sucesso individualmente. Para uma verdadeira "justiça social", eles dizem que a revolução deve ser feita por uma "vanguarda coletiva". Eles ficam agonizando o tempo todo sobre o porque de ninguém (isto é, os outros) compartilhar tudo. Eles negam que há realidades universais que nenhuma sociedade será capaz de mudar ou apagar.

A crítica esquerdista clássica do filme "Rocky" é que ele retrata o desejo de superar as possibilidades limitadas que o capitalismo supostamente impõe sobre as classes mais pobres. Esse desejo é individualista e, de acordo com eles, tende a reforçar o fundamento do sistema e legitimiza a "ideologia capitalista" por sugerir que aqueles que conseguem se elevar da classe operária são melhores, mais desenvolvidos individualmente do que seus colegas.

Em outras palavras, "Rocky" viola o credo esquerdista de como a luta contra a pobreza no capitalismo deve ocorrer coletivamente, e não individualistamente.

Se um regime socialista conseguisse atingir seu objetivo, existiriam filmes como Rocky? Certamente não, pois nenhum regime ia querer mostrar a ascensão de um ser humano. No lugar disso, os filmes mostrariam os operários trabalhando nas fábricas dia após dia. Chato demais.

Rocky vai ao ringue na noite anterior à da luta. Ele confronta o seu medo. Então ele se volta para Adrian e diz saber que vai ser derrotado. Mas diz que quer ficar de pé até o décimo-quinto round. Seu sonho e sua esperança é apenas agüentar de pé ...

Aguentar as porradas que a vida dá

No último filme da série, "Rocky Balboa" (conhecido como Rocky VI), Rocky decide lutar com o atual campeão mesmo já cinquentão, em idade de se aposentar, para poder, com isso, enfrentar e vencer seus dilemas interiores. Um dos diálogos de Rocky com seu filho, que tentava convencê-lo de não lutar, ilustra como a luta deve ser individual e espiritual em vez de coletiva e materialista:

"Deixe-me dizer uma coisa que você já deve saber. O mundo não é ensolarado e cheio de arco-íris. É um lugar muito rude e traiçoeiro que vai lhe deixar de joelhos e fazer você ficar de joelhos pra sempre se você deixar. Nem você, nem eu, nem ninguém dá porradas mais fortes do que a vida. Mas não importa o quão forte é a porrada que você dá; o que importa é quanta porrada você pode tomar e continuar marchando. Quanto você consegue aguentar e continuar seguindo em frente. É assim que se vence. Agora, se você sabe o quanto você vale, então vai lá e lute pelo que você merece. Mas você tem que estar disposto a aguentar a porrada, e não ficar apontando o dedo dizendo que você não consegue por causa dele, dela ou de ninguém. Você é melhor do que isso!"


A maioria dos que já passaram por dificuldades na vida sabe o que é isso e entende. É difícil colocar em palavras, porque de certa maneira, isso é transcedente. Mas na luta pela vida contra todas as condições adversas, com todo o suor e as lágrimas, muitas vezes a única coisa que queremos é terminar de pé. Tem a ver com orgulho, medo e coragem. E é aí que "Rocky" toca as pessoas.

E quando a luta com o Apolo Doutrinador acaba, a Adrian chega ao ringue e perde seu gorro. E Rocky, que acabou de lutar a maior luta de toda sua vida, que enfrentou seu medo, e com a cara toda quebrada, só faz perguntar "Cadê o seu chapéu ?"

Isso mostra a importância essencial da simplicidade e da afeição de um pelo outro. Rocky esquece de si mesmo porque sua batalha já terminou, e seu próximo passo é se importar com uma outra pessoa. Ele já fez o que tinha que fazer e a partir dali era hora de cuidar da Adrian. É como na vida: a pessoa tem que cuidar de si e, depois de se superar, doar de si para outro ser humano.

Não importa quantos experimentos de engenharia social sejam tentados, eles nunca mudarão o que o ser humano realmente é: imperfeito, lutando contra as condições contrárias, perdendo e ganhando, chorando e rindo, se protegendo e se arriscando. Isso diz muito mais do que o sonho canibalístico e mutilante do Socialismo. O personagem Rocky Balboa, com sua humanidade e coragem, nos lembra disso.




Ver também:

Artigo original de Jamie Glazov: 25 Years of Rocky Balboa – The "Progressive" Left’s Nightmare

Link para o trecho do último filme da série de Rocky Balboa
Cavalheirismo e Masculinidade Cristã
Um retorno ao Cavalheirismo

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À venda na Livraria Cultura:
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postado por Fernando às      

5 Comentários:

Blogger Felipe Augusto Cury disse...

Quem é o autor deste texto?

25 de agosto de 2007 às 14:18:00 GMT-5  
Blogger Fernando disse...

25 Years of Rocky Balboa – The "Progressive" Left’s Nightmare
http://www.frontpagemag.com/articles/Read.aspx?GUID={3EAE089D-4C2D-4E39-91FF-A646FB1DB4F5}

Jamie Glazov

25 de agosto de 2007 às 14:50:00 GMT-5  
Blogger Toth disse...

Perfeito o texto. A esquerda odeia qualquer coisa que venha dos EUA que não seja politicamente correto e "democrata".
A esquerda quer reservar um lugar especial para os truculentos e lutadores dentro dos Exércitos do povo, gente preparada ideológica e psicológicamente desde cedo para matar e agredir gente inocente e indefesa. A essa "classe" de homens surge o aparato protetor da vanguarda intelectual para lhes dar o direito de usar e abusar da ultra-violência.
Para o cidadão comum, que não segue ideologias, resta o papel do fracote oprimido que segue ordens e abaixa a cabeça sempre.

25 de agosto de 2007 às 18:20:00 GMT-5  
Blogger Rafael Dias disse...

Concordo como algumas coisas. Como por exemplo, toda sociedade deve reconhecer o espirito humano, reconhecer seus cidadãos cada um como um individuo em especial. E seus desejos, anseios e qualidades devem ser respeitados na medida que eles em si não desrespeitem e oprimam os mesmos desejos e anseios dos seus semelhantes.

O que não concordo é com a sujestão de que um ser humano que não obeteve sucesso é porque não batalhou por isso. Isto não poderia estar mais errado. E nem toda pessoa que alcançou o sucesso o fez por meio lícitos.

Mas concordo inteiramente que deve ser oferecida a todos a oportunidade de realizar sua vontades e buscar o que acredita ser capaz de conseguir, mas novamente frisando que, isso sem sufocar e extinguir as oportunidades dos seus próximos.

27 de setembro de 2007 às 22:53:00 GMT-5  
Blogger IGOR MUNIZ disse...

BOm texto, mas não generalize...

Sou de esquerda e fã do Rocky, mas não misturo tudo com política como os fanáticos do PSOL, PSTU etc. que são um bando de aproveitadores assim como o PSDB e Democratas.

Rocky é um filme sobre a VIDA e esta é mais antiga do que a politicagem.

14 de janeiro de 2011 às 11:34:00 GMT-6  

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