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Os comboios, ás vezes filas de centenas de caminhões, são guardados por alguns caminhões com armas montadas na traseira, mas não há segurança verdadeira a não ser em números. No Kuweit, a rota Tampa é praticamente segura, exceto pelos perigos comuns do trânsito, como os motoristas malucos disparados em suas Mercedes e BMWs. Há dois anos atrás, eu vi um aviso pichado numa barreira de concreto que dizia algo como "Cuidado com camelos burros". Só mesmo um soldado poderia ter escrito aquilo - eu pensei - ou talvez um fuzileiro. Depois dele e seus colegas saírem de um Humvee capotado, com suas rodas ainda girando, talvez um deles passou por cima de dois camelos mortos no pavimento, pegou uma lata de spray e pichou aquele aviso para todos os que passassem por ali. Uma vez dentro do Iraque, embora haja relativamente poucas bombas perto da fronteira com o Kuweit, os comboios têm que se precaver contra motoristas malucos, que vão a 190 km/h e praticamente tirando casca da tinta dos caminhões, que vão tipicamente a 60 km/h. Para os comboios da rota Tampa, as probabilidades colidem com as estatísticas à medida que o número de ataques parece quase centuplicar. As imagens e fumaça dos caminhões queimando se tornam mais comuns à medida que se aproximam de Bagdá. Em um dia de movimento, é normal pegar um desvio ou parar meia dúzia de vezes ou mais devido à bombas reais ou suspeitadas. A rodovia Tampa chega em Bagdá e se torna a veia jugular do Iraque por ser muito importante para o sustento da população. Manter essa rodovia transitável é um trabalho para o dia inteiro, pois nela explodem bombas várias vezes por dia, todos os dias da semana. O trabalho de busca e remoção de bombas é uma atividade constante. A cada tempestade de areia ou mau tempo, os terroristas podem salpicar uma estrada com bombas como um entregador de jornal. Algumas estradas foram tão sabotadas que se tornaram impassáveis e não são mais usadas. Os principais alvos já não são os americanos, mas os demais iraquianos. Eu me lembro de ver as imagens de uma câmera montada num avião de espionagem não-tripulado e nós vimos civis iraquianos mortos na estrada, incluindo uma criança, depois que seu carro foi explodido por uma bomba terrorista. Uma vez que os terroristas sabotem estradas, ruas e cidades inteiras, eles adquirem enorme poder sobre os moradores porque só os terroristas sabem onde as bombas estão e podem matar qualquer um que ofereça oposição, incluindo até ônibus cheios de gente. Mesmo com todos os equipamentos de alta tecnologia usados pelos peritos e engenheiros, custando bilhões de dólares, o principal equipamento de detecção de bombas ainda são os olhos e os instintos dos soldados. Alguns raros soldados têm uma habilidade tão incomum em detectar bombas que são tratados de maneira especial. Mas não importa o quanto alguém seja bom nisso, é difícil enxergar explosivos plantados em escoadouros, nas tubulações fluviais e de esgoto debaixo das pistas. Na unidade de infantaria com quem eu compartilho uma tenda em Baqubah, 8 dos Strykers foram destruídos - e Strykers não são facilmente destruídos. Em 2005, os soldados não gostavam da idéia de usar Strykers, mas depois que eles tentaram de tudo para quebrar o carro de combate durante os testes, eles se converteram. É um carro de combate muito bem projetado e construído, e não demorou muito para que os soldados começassem a por apelidos nos seus Strykers de estimação - coisa que nunca aconteceu com um Humvee. Um Stryker é tratado como um membro da tropa e os soldados tomam um cuidado extra. É uma coisa tão bizarra, que quando um Stryker é danificado, os soldados o visitam e se oferecem para ajudar os mecânicos e técnicos a consertarem, enquanto um Humvee é mandado para o conserto sem tanta atenção. Equipes de combate usam Strykers para patrulhar a rota Tampa na busca e remoção de explosivos. Essas equipes vão aos lugares mais perigosos do Iraque e participam de grandes batalhas que a mídia dificilmente dá notícia, como no caso da equipe 3-2 da Brigada Stryker, que derrotou mais de 250 membros armados de uma seita. Essa equipe 3-2, liderada pelo Tenente Brad Krauss, dirigia 3 Strykers na rota Tampa e seguia uma outra equipe de busca e remoção numa área de ataques frequentes. Eles estavam escutando música no intercomunicador. Os terroristas estavam filmando essa equipe quando um dos Strykers, apelidado General Lee, passou sobre um escoadouro onde explosivos haviam sido plantados em enorme quantidade. A tripulação consistia de 4 homens, com o especialista William Pfeiffer dirigindo, o Tenente Krauss na escotilha esquerda, o Sargento de Esquadrão Daniel Walwark, que operava os mísseis e metralhadoras, e o soldado de primeira classe Devon Hoch ocupando a escotilha posterior. Quando a bomba explodiu, o Stryker foi jogado para cima e caiu sobre seu lado esquerdo. O vídeo abaixo foi divulgado como propaganda pelos terroristas, dizendo que os soldados foram mortos. General Lee capotado, de longe O soldado William Pfeiffer não ouviu a explosão mas viu um clarão no periscópio direito e depois viu o céu pelo periscópio, no momento em que o Stryker foi jogado de lado na rota Tampa. Pfeiffer ficou atordoado. Alguns soldados descrevem essa experiência como "minha televisão piscou", ou em casos mais sérios, "minha televisão apagou". A "televisão" de Pfeiffer piscou várias vezes até ele perceber que ainda estava vivo. A detonação faz com que partículas finas de pós nos veículos se desprendam das superfícies e fiquem em suspensão e o Stryker estava cheio de pó, mas à medida que foi clareando, Pfeiffer olhou para trás e não viu o Tenente Brad Krauss, que havia sido arremessado para fora do Stryker. O que fazer com o General Lee? Até 2 horas se passariam antes de chegar a equipe de resgate. O sargento Daniel Walwark ficou metade para fora da escotilha onde estava antes, com pernas e braços para fora e uma perna para dentro. Pfeiffer viu aquilo e pensou que toda a tripulação tinha morrido. Quando a "televisão" de Daniel Walwark "voltou ao ar", ele viu que Krauss estava do lado de fora do General Lee e parecia estar com a metade esmagada debaixo do Stryker, mas ainda estava se mexendo. Quando Walwark saiu do Stryker, viu que Krauss não havia sido esmagado, mas caído ainda com seu intercomunicador na cabeça. Krauss estava consciente e ouvia vozes. Vozes do intercomunicador. Ele ouvia o Sargento de Primeira Classe Breaud no rádio do Stryker que vinha atrás deles e ele perguntava sobre o estado deles. Atordoado, Krauss apertava o botão errado para falar e, ainda sem lucidez, gritava "eu sou invencível!" Aparentemente, Krauss fora lançado ao ar e aterrissou de cabeça. Walwark respondeu "Não, você não é invencível p**** nenhuma, você é sortudo, p****!" As costelas de Walwark tinham sofrido impacto e doíam muito, mas ele subiu no General Lee e amarrou uma corrente. Dois morteiros foram disparados na direção deles mas erraram de alvo em 300 metros. Krauss voltou a si, se levantou e sentiu dor na perna: ele havia rompido um ligamento. Enquanto isso, Breaud estava no rádio dizendo que não havia nenhuma equipe médica à caminho. A equipe de engenheiros voltou para ajudar na segurança, mas não haveria nenhuma outra ajuda por no mínimo 1 ou 2 horas e o resgate seria por conta própria. Walwark, que estava comandando os homens mas ainda não totalmente recuperado, voltou ao General Lee para pegar sua metralhadora M-240, sem perceber que ela havia sido destruída e que ele estava segurando pedaços dela como se pudesse ainda lutar com aquilo. O médico Sargento Roel Mansilungan, fez um curativo improvisado na cabeça de Krauss. Um helicóptero chegaria meia hora depois. Krauss, parecendo meio abalado, mas pronto para a batalha. O General Lee endireitado. Walwark, o Sargento de Esquadrão Carl Felton e Breaud amarraram o General Lee a outro Stryker. Dois Bradleys chegaram e um terceiro pelotão do C-52 apareceu com Strykers e um caminhão de reboque que havia quebrado no meio do caminho e teve que ser rebocado por outro Stryker. A bomba fez um estrago imenso. A foto mostra as duas faixas opostas ao local onde o Stryker foi atingido. Os explosivos foram colocados debaixo de ambas as vias norte e sul. A segunda bomba explodiu. Walwark levou uma chuva de cascalho no rosto, um pneu ficou destruído e a armadura do veículo ficou danificada. Outro sargento, Brad Lobmiller estava ocupando a artilharia e estava de pé a apenas poucos metros da explosão e foi jogado para dentro da escotilha. Pfeiffer e Breaud puxaram Lobmiller para trás e, com uma mistura das duas tripulações, a jornada prosseguiu. Imediatamente depois da explosão, Devon Hoch, que ficou entalado na canaleta dos mísseis depois da primeira explosão, estava no caminhão-reboque em frente e viu um homem correndo de uns arbustos perto da bomba que havia acabado de explodir, e Devon disparou 5 vezes nele com o Stryker em movimento. No final do dia, 5 de 12 membros do segundo pelotão ficaram feridos, mas o tenente acabou até posando para foto com a doutora. Os outros 4 feridos retornaram ao serviço imediatamente, mas o Tenente Krauss levou 3 semanas para se recuperar do rompimento na perna. O General Lee foi levado ao hospital de Strykers, onde os mecânicos disseram que ia levar 30 dias para retorná-lo à condição de uso. Walwark, Pfeiffer e Hoch ajudaram e conseguiram repor a couraça do Stryker, e o General Lee se recuperou em apenas 3 dias. Vários meses depois o General Lee levou outra explosão ao sul da vila Shiek Hamed, mais uma vez salvando seus ocupantes. Desta vez, o General Lee vazava combustível, tinha pneus furados e a estrutura arrastava na estrada, mas conseguiram dirigí-lo até à base antes que o combustível acabasse. Esse foi o fim da linha para o General Lee. Depois de participar de várias batalhas no Iraque afora, e depois de salvar a vida de sua tripulação várias vezes, o General Lee os trouxe de volta pela última vez. Marcadores: estados unidos, guerra, iraque, islam, oriente médio, terrorismo postado por Fernando às 6:35 PM Tweet |
1 Comentários:
Muito boa história!Postem mais deste tipo!
E o site é show de bola!
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