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Durante todas as eras, os governos usaram seu poder violento para roubar os povos - confiscando os pertences através da desvalorização da moeda. Nos dias de hoje, os governos roubam da população através da emissão arbitrária de notas e forçando todo mundo a aceitar papéis de valor fictício. Na Idade Média, os reis recebiam os impostos do povo em ouro, limavam as moedas para extrair um pouco do ouro em pó e passavam as moedas adiante como se elas ainda tivessem o mesmo valor de antes. O rei mandava cunhar novas moedas quando acumulasse ouro em pó o suficiente e ninguém podia recusar as moedas adulteradas. A nota do governo não era dinheiro, era apenas uma promessa de pagamento. Se o governo emitisse muitas notas e as pessoas começassem a suspeitar de que as notas emitidas por um banco ou pelo governo não seriam honradas, elas ficariam desvalorizadas, isto é, as pessoas aceitariam as notas somente com um desconto sobre o valor impresso tendo em vista o risco maior de não receber o valor impresso. Se um banco emprestasse mais dinheiro do que seus correntistas tivessem depositado, as pessoas desconfiariam e poderiam tentar sacar todas ao mesmo tempo, quebrando o banco. Assim, o mercado, isto é, a população automaticamente impunha um limite sobre o endividamento do governo e os empréstimos bancários e todos eram livres para aceitar ou não as moedas de metal ou notas do governo ou dos bancos. Nos Estados Unidos do início do século as pessoas eram livres para recusar ou aceitar qualquer moeda e o resultado disso foi a melhor economia na história da humanidade. O século 19 foi o mais próspero de todos os tempos. Não havia imposto de renda, havia poucos regulamentos, não havia seguro social, nem barreiras imigratórias ou alfandegárias e muito menos um esquema de política socialista. Ao ouvirem isso, socialistas sempre tentam engrupir os outros fazendo a comparação desonesta com o século 20, dizendo que o século 19 era de miséria com péssimas condições de trabalho e que os operários e suas crianças trabalhavam mais de 8 horas por dia. O correto é, obviamente, comparar com o século anterior. Antes, essas famílias operárias viviam na pobreza mais abjeta, sem ter abrigo e o que comer, em nível sub-humano. Somente depois da industrialização, a população européia cresceu 300% em relação à época pré-industrial, quando a expectativa de vida era de apenas 30 anos. Toda conversa fiada marxista contra o capitalismo é derrubada com um simples fato: na época da revolução industrial, a população da Inglaterra mais do que dobrou - o que significa que centenas de milhares de crianças que teriam morrido de fome, doença e má nutrição em épocas anteriores, conseguiram sobreviver até a idade adulta. Antes da industrialização capitalista, um casal teria que gerar cerca de 20 filhos para ter a esperança de que pelo menos um ou dois sobrevivessem até a maturidade. Entre 1800 e 1850, os salários dobraram e, entre 1850 e 1900, dobraram novamente apesar de a população britânica ter aumentado 4 vezes - um aumento de riqueza de 1600% - com uma melhor dieta, novas bebidas, novas especialidades e vocações. Depois de cerca de 5 milênios de miséria, os seres humanos finalmente descobriram como a riqueza poderia ser produzida de uma maneira sistemática e contínua. Pela primeira vez na história, a indústria capitalista deu chance de sobrevivência às massas.
Naquela época não havia meios de informação velozes como há hoje. O Fed aumentava a quantidade de moeda impunemente pois não saía nos jornais e poucos ficavam sabendo. A maioria só podia observar os efeitos temporários na economia, não cogitava de onde estaria vindo todo aquele dinheiro em circulação e concluía que os investimentos de toda a economia estavam resultando em prosperidade. Investimentos como a abertura de empresas, filiais, compra de novas máquinas e contratação de mais pessoal são decisões que são tomadas considerando um conjunto de possíveis acontecimentos futuros e levando em conta o risco de prejuízo. Quando um investimento não dá certo, ele não se justifica e tem de ser liquidado para que o capital possa ser empregado em outras atividades mais produtivas e saldar as dívidas. Isso é algo que todo empreendedor tem que levar em conta quando investe. Com uma menor taxa de juros, o crédito fica fácil e a percepção do risco é menor pois caso o investimento não dê certo, juros menores serão pagos e o prejuízo será menor. Se a taxa de juros é forçada pelo governo para um nível mais baixo do que o vigente naturalmente no mercado, a percepção do risco fica deturpada e o dinheiro mais "fácil" é alocado para investimentos que não seriam justificáveis sob uma taxa de juros mais alta. Com a inflação e instabilidade subseqüentes, o banco central fica obrigado a aumentar os juros. Os investimentos que eram "justificáveis" em um ambiente de juros baixos são liquidados em observância ao novo cenário de juros altos. Em 1928 e no início de 1929, o Fed aumentou as taxas de juros e o processo de liquidação começou. Entre 1929 e 1933, com suas políticas erráticas, o Fed contraiu o volume de dinheiro em circulação em um terço. O crash foi uma tremenda incompetência do governo e não falha do mercado. Aconteceu o que sempre acontece com os governos: mais problemas foram criados porque o governo interviu ainda mais na vida da sociedade para tentar resolver os problemas resultantes de outra interferência do governo. Os períodos anteriores de contração econômica, em 1907 e 1920, se resolveram em apenas um ano sem praticamente nenhuma interferência do governo. A depressão de 1920 foi enfrentada pelo então presidente Warren Harding, que cortou gastos federais e impostos sob o slogan "menos governo nos negócios". Com isso ele conseguiu debelar a depressão em apenas um ano. Mas a mentalidade vigente em 1929 era a de que "o governo tem que fazer alguma coisa". Na Grã-Bretanha, o chanceler britânico Neville Chamberlain tomou medidas opostas às dos Estados Unidos e desvalorizou a libra, cortou salários do setor público em 10%, se recusou a impor subsídios à agricultura e as tarifas de seu governo foram as menores entre as maiores economias do mundo. O resultado foi que na década de 30 a Grã-Bretanha teve considerável crescimento econômico e desempenho muito superior a de todos os seus parceiros apesar da queda no comércio exterior. Mais recentemente, o Japão enfrentou uma dura recessão de crescimento zero durante toda a década de 90 causada pelo aumento extraordinário dos gastos do governo e déficit público, além da recusa a deixar quebrar as empresas que constituíram maus investimentos. Em reflexo, o índice mercado acionário japonês caiu para um quinto do seu topo. Mas com a chegada do primeiro ministro Junichiro Koizumi em 2001, que seguiu mais ou menos o caminho de Chamberlain, os gastos públicos foram reduzidos e já houve recuperação econômica. Outra economia que vem se recuperando é a Rússia (na época em que este artigo foi escrito, em outubro de 2003). O colapso de 1998 envolveu o sistema bancário corrupto e a bolsa caiu mais de 90%, mas Vladimir Putin conseguiu estabilizar a moeda reduzindo os gastos públicos e instituindo um imposto de renda não-progressivo de 13% fixos, trazendo para a legalidade muitos comerciantes da economia informal e recuperando mais da metade das perdas de 1998-99. Apenas quando há propriedade privada segura, moeda estável, governos liberais, mercados e pessoas livres para fazer seus próprios negócios é que há possibilidade de investir para o futuro. Marcadores: depressão, economia, emprego, estados unidos, história, recessão postado por Fernando às 9:35 AM Tweet |
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