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sexta-feira, dezembro 22, 2006

Morre mais um ditador

Vi uma boa notícia no blog De Gustibus Non Est Disputandum hoje: morreu o ditador do Turcomenistão, que, megalomaníaco como todo socialista no poder, se auto-intitulou "Türkmenbashy".
Abaixo vai um trecho de artigo do extinto blog Centro Independente da Mídia do Socialismo Caviar.

Conheça Türkmenbashy


O sujeito só faltou colocar a imagem dele nas tampas de privada de todo o país.
Acima: O sujeito só faltou colocar a imagem dele nas tampas de
privada de todo o país.
Já no Turcomenistão, o colapso do socialismo foi aproveitado não por oportunistas como Namik, mas por políticos astutos como Saparmurat Niyazov, ex-primeiro secretário do Comitê Central do Partido no Turcomenistão e agora presidente vitalício. Depois do colapso socialista, Niyazov se manteve no poder por ter mantido o aparato socialista de controle total da economia e da mídia e da repressão aos dissidentes sob o regime de partido único.

Niyazov emprega um abrangente serviço de espionagem sobre os representantes de seu governo para mantê-los sob rédeas curtas através de ameaças veladas de denúncias e processos. O resultado foi que em mais de uma década de seu regime, ele não enfrentou nenhuma oposição.

Niyazov, megalômano como todo líder socialista, mudou seu nome para Akbar Türkmenbashy, que significa "Grande Pai de todos os turcos". Sua megalomania não se limitou a mudar o nome da cidade de Krasnovodsk para o nome dele. Sua efígie aparece nas notas de dinheiro, nas garrafas de vodka, nos pacotes de chá e em todos os lugares públicos bem como se via no Iraque antes de sua libertação da ditadura Saddam Hussein.

A estátua de ouro de Türkmenbashy gira para ficar sempre de frente para o sol.
Acima: A estátua de ouro de Türkmenbashy gira
para ficar sempre de frente para o sol.
Em um dos pôsteres oficiais de Niyazov se lê "Um povo, uma nação, um Türkmenbashy", praticamente os mesmos dizeres de um pôster alemão de 1930 "Ein volk, ein Reich, ein Führer". O culto à personalidade de Niyazov está evidente em qualquer lugar que se olhe. Na televisão turcomena, no canto superior direito um ícone com seu rosto vigia o telespectador 24 horas por dia. Niyazov propôs até mudar os nomes dos meses do calendário (Janeiro seria "Türkmenbashy", Abril seria o nome de sua mãe falecida, Outubro seria o título de um livro que Niyazov gostava e que ele tornou leitura obrigatória nas escolas do país) e por pouco ele não conseguiu estampar sua efígie na bandeira do país diante do ultraje internacional.

Nos anos socialistas, o povo nômade turcomeno sofreu muito sob a coletivização forçada e o derramamento de sangue de várias campanhas anti-religiosas, bem como o assassinato de todos os seus líderes. Depois das inúmeras promessas do socialismo, hoje, em Ashkhabad, eles são obrigados a ver de fora uma fileira de 20 hotéis construídos pelo regime Niyazov, todos eles desocupados. O país está falido, a moeda está em colapso, mas Türkmenbashy ainda constrói monumentos aos vários órgãos burocráticos do país, o hotel do Ministério do Petróleo, o hotel do Ministério da Agricultura, etc.

A única rodovia em bom estado de conservação no Turcomenistão é a estrada que Türkmenbashy usa para sair de um de seus dois palácios para o seu gabinete de governo. O país tem um aeroporto espetacular mas sem nenhum tráfego e apenas 25 aviões parados. Ao dirigir pela estrada do aeroporto, se vêem chafarizes de um lado e de outro. As casas construídas ao longo da estrada ficam sem água quando os visitantes ilustres passam - que é quando os chafarizes ficam ligados. A dois quarteirões de distância, o bairro se transforma em uma favela no pior estilo socialista, mas um turista ou chefe de estado que visite o Turcomenistão só pode ver a fachada.

Para completar, no meio da cidade de Ashkhabad há um imenso monumento de cerca de 80 metros. No topo há uma estátua de Türkmenbashy ... de ouro ... e que gira!

O Turcomenistão fica ao norte do Irã e noroeste do Afeganistão.
Acima: Para quem não sabe onde fica o Turcomenistão. Fica ao norte
do Irã e noroeste do Afeganistão.
O Turcomenistão foi um país artificialmente criado por Stalin, que separou um deserto onde viviam 5 tribos nômades. O país tem a quinta maior reserva de gás natural, muitas reservas de petróleo, carvão, enxofre e sal mas isso tudo não significa riqueza se não há quem extraia e faça bom uso. Os males do socialismo soviético não acabaram com a queda do muro de Berlin.

Os esquerdistas ecogloditas praguejam contra o capitalismo, mas foi o socialismo que fez a proeza de acabar com o mar de Aral em apenas 30 anos, deixando um leito de sais venenosos e peixes mortos. Os vilarejos que ali pescavam agora estão cercados de deserto e a mais de 50 quilômetros de distância. O mar de Aral, que era a fonte de 13% de todo o pescado na União Soviética, agora não suporta mais vida.

O socialismo real é assim. Militantes esquerdistas promovem seus líderes em eleições, ou através de golpes e revoluções, criam coerções e conflitos, tumultuam e destroem a sociedade. E no fim, tudo termina distante das promessas de igualdade e prosperidade nacional e muitíssimo pior do que estava antes. Longe do paraíso terrestre que eles prometem, os socialistas conseguem tornar o mundo mais parecido com um inferno.

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postado por Fernando às      

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