Pensadores Brasileiros       

terça-feira, março 20, 2007

Os subsídios ao Etanol estão criando os alinhamentos políticos mais esdrúxulos

O presidente Bush quer aumentar em cinco vezes a produção de etanol para substituir parte do consumo anual de gasolina até 2012. A demanda por etanol do ano passado já consumia 1/5 da produção de milho.

A favor dos subsídios aos produtores de etanol estão: o Presidente Bush, os mega-fazendeiros do Centro-Oeste americano, a presidenciável Democrata Hillary Clinton (que antes criticava os subsídios), o presidenciável Democrata Barack Obama, o presidenciável Republicano John McCain (que antes criticava os subsídios).

A grosso modo, quanto mais se produz milho para etanol, menos se produz para alimentar o gado e, assim, com o aumento de cerca de 80% do custo desse alimento, a indústria de pecuária está tendo que pagar mais pelos animais que compra. Segundo os ecologistas, o etanol aumentaria os níveis de óxidos nitrosos na atmosfera e é menos eficiente do que a gasolina.

Contra os subsídios domésticos e às tarifas impostas ao etanol brasileiro estão: associações de produtores de carne (NCBA), frango (NCC), peru (NTF) e suínos (NPPC), o economista esquerdista Paul Krugman (Princeton University), institutos de defesa do liberalismo econômico e do contribuinte (Cato e Taxpayers for Common Sense) e ecologistas (Earth Track).

Segundo a revista Scientific American, a produção de etanol pouco ajuda pois os métodos de produção, armazenamento e distribuição de etanol atuais consomem tanta energia (sob a forma de gás natural e combustíveis derivados de petróleo) quanto poupa.

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Eis um artigo sobre os custos reais do etanol: What is the Real Cost of Corn Ethanol?

Artigo da Scientific American (PDF): Is Ethanol for the long haul?

Marcadores: américa latina, brasil, conservadorismo, debate, desregulamentação, economia, estados unidos, mercado, tecnologia

postado por Fernando às 8:25 AM    Tweet