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sábado, março 28, 2009

30 perguntas e respostas acerca da defesa da vida

Dificilmente as alegações dos abortistas e proponentes da eutanásia/eugenia atingem nível intelectual, mas de qualquer forma, eis alguns argumentos para usar no caso de alguem querer propôr ou justificar "cientifica ou filosoficamente" o assassinato de crianças no útero, dos deficientes e dos idosos.

1) O que significa a defesa da vida e por que eu deveria me importar com isso?
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O princípio fundamental do movimento em defesa da vida é que todos os seres humanos, em especial as crianças em gestação, merecem viver e não podem ser mortos para a conveniência de outras pessoas ou para exploração comercial (cosméticos, embriões congelados, pesquisas com células-tronco, economia das verbas de saúde, etc.). Isso vai além de dizer que deveríamos evitar o aborto ou se certificar de que os progenitores deram consentimento para uso do embrião.

Queremos dizer que os nascituros têm o *direito* à vida no útero como qualquer outro ser humano possui esse direito fora dele. O mesmo vale para os deficientes e pacientes terminais. A negação desse direito para os nascituros, doentes e deficientes baseada em seu estágio de desenvolvimento ou grau de incapacidade física ou mental deveria ser chamada de darwinismo ou eugenia, já que propõe que seres humanos sejam descartados por serem supostamente inferiores ou incapazes.

A seguir algumas citações que confirmam o darwinismo como proposta eugênica de eliminação de seres humanos:
"Entre os selvagens, os fracos de corpo e mente são logo eliminados. Nós, civilizados, fazemos o possível para evitar essa eliminação; construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes; instituímos leis para proteger os pobres... Isso é altamente prejudicial à raça humana."
"No futuro, não muito longínquo, se medido em termos de séculos, num determinado ponto as raças humanas civilizadas terão exterminado e substituído quase por completo as raças selvagens em todo o mundo."

O título completo do famoso livro de Darwin, que os abortistas fazem questão de omitir, era "On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life", livro que foi sucesso de vendas na Alemanha logo antes da ascensão do nazismo.

Os defensores da vida tentam estender o círculo social de respeito e compaixão para os membros indefesos da nossa própria espécie, incluindo os nascituros, os quais também são capazes de sentir dor e medo. Quando tentamos fazer isso, vários de nós chegam à conclusão de que não podemos apoiar o aborto e a eutanásia.

Quaisquer áreas de discordância em potencial não desmentem os princípios que unem os defensores da vida:  compaixão e preocupação com a dor e o sofrimento dos humanos indefesos e responsabilidade perante Deus.

Um dos principais objetivos desta pequena lista de perguntas e respostas é endereçar algumas "justificativas" comuns que surgem quando o assunto é aborto. Tais "justificativas" ajudam a despistar algumas consciências, mas esta lista tenta mostrar que elas não servem como desculpa para o assassinato de crianças no útero, de deficientes ou doentes terminais.
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2) O que exatamente são direitos e que direitos podemos dar aos nascituros?
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Há uma interpretação bem clara de "direitos" que é plausível e nos permite evitar controvérsias e artifícios e desvios de retórica (erística).

Um "direito" é a conseqüência de um imperativo moral. Se devemos nos abster de executar um ato em relação a um ser, então esse ser tem o "direito" de que o ato não seja executado sobre ele.

Por exemplo, se nossa consciência nos diz que não devemos assassinar o próximo, então o próximo tem o direito de não ser assassinado. Essa interpretação de direitos é, de fato, intuitiva e a maioria das pessoas podem entender e concordar prontamente com ela.
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3) Esses grupos de defesa da vida não são hipócritas de clamar direitos para os nascituros e serem contra os direitos dos homossexuais, minorias e pobres?
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Os argumentos hipócritas são usados de várias maneiras. A maneira mais comum é a que segue:
"É hipocrisia clamar direitos para um feto mas não para um criminoso condenado à morte (ou direitos para homossexuais, minorias, pobres, etc), portanto, fetos não devem ter direitos."
Um argumento falacioso assim não necessita muita análise para ver como ele é completamente inválido.

Primeiro, alguém pode dizer que a proposta A (nascituros têm direito à vida) implica que a proposta B (criminosos têm direito à vida) é verdadeira. Se uma pessoa propõe A e não propõe B, mesmo se essa pessoa pudesse ser considerada hipócrita, isso não torna a proposta A necessariamente falsa. O que esse argumento tenta fazer é questionar a credibilidade da pessoa, mas não assegura nada quanto à validade da proposta A.

Segundo, a alegação de hipocrisia é frequentemente infundada. No exemplo acima, há base para se distinguir fetos e criminosos (culpados condenados à morte não têm sua vida terminada por mera conveniência como é o caso dos fetos inocentes), então a acusação de hipocrisia é infundada.

Finalmente, a acusação de hipocrisia pode ser reduzida na maioria dos casos ao simples darwinismo. Por exemplo, a dita frase pode ser reescrita assim:
"É hipocrisia clamar pelos direitos de um deficiente físico mas negá-los a um criminoso, portanto, deficientes físicos não possuem direitos."
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4) Que direito têm os defensores da vida de impôr suas crenças nos outros?
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Há uma diferença grande entre imposição de um ponto de vista e meramente fazer propaganda dele. Pessoas que apóiam a vida certamente não estão impondo suas opiniões no mesmo sentido que, digamos, a Inquisição Espanhola impôs sua visão de mundo.

Nós, contudo, sentimos o dever moral de apresentar nossas idéias ao público, e frequentemente aos nossos amigos e conhecidos. Há grandes precedentes para isso:  protestos contra a escravidão, protestos contra guerras, condenação do racismo, etc. Algumas pessoas podem ainda notar que a imposição mais grave é a do abortista ou proponente da eutanásia sobre suas vítimas inocentes e indefesas.

"Se a liberdade existe, ela significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir."
- George Orwell (escritor)

"Eu nunca infernizo as pessoas. Eu só digo a elas a verdade e elas acham que as estou infernizando."
- Harry S. Truman (trigésimo-terceiro presidente americano)
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5) Os direitos das crianças no útero não seriam apenas mais uma bobagem Cristã?
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É ridículo achar que uma idéia possa ser invalidada apenas rotulando-a de "bobagem Cristã".
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6) Dar direitos aos nascituros não significa diminuir o direito das mulheres?
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Todas as mulheres já foram nascituras, portanto os direitos das crianças no útero são direitos das futuras mulheres.
Na China, o aborto é legalizado e forçado pelo Estado e as meninas são as maiores vítimas de aborto. De acordo com as estatísticas do próprio governo comunista em 2004, nascem 117 meninos para cada 100 meninas que escapam do aborto.
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7) Hitler não era de direita e, portanto, contra o aborto?
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Isso é o mesmo que dizer que Hitler era pró-Judeu e, portanto, nem sequer pode ser levado à sério.

Embora Hitler encorajasse as mulheres "arianas" a terem muitos filhos, quando os nazistas chegaram ao poder em 1933, uma das primeiras medidas de Hitler foi legalizar o aborto. Em 1935, a Alemanha fazia 500 mil abortos por ano com uma população de 65 milhões. O aborto também foi adotado com a expressa finalidade de redução das populações "indesejáveis" em todos os territórios ocupados pelos nazistas e Hitler disse que executaria pessoalmente qualquer um que se opusesse ao aborto.

O aborto sempre esteve intimamente associado ao nazismo e sua eugenia racista e, de fato, a mentalidade que defende ambas as idéias é a mesma. O aborto tem como vítimas um número desproporcional de minorias e desfavorecidos, especialmente as crianças negras no Ocidente e as meninas na Ásia.

Margaret Sanger, a fundadora da organização abortista atualmente conhecida como Planned Parenthood, era uma proponente da eugenia forçada, segregação racial, aborto, imoralidade sexual e controle de natalidade.

Algumas citações de sua autoria:
"O controle de natalidade deve nos levar finalmente à uma raça mais limpa."
"Deveríamos contratar 3 ou 4 ministros de côr, preferivelmente com formação em serviço social e personalidades atraentes. A abordagem educacional mais bem sucedida com os negros é através do apelo religioso. Nós não queremos que saibam que nós queremos exterminar a população negra."
"A esterilização eugênica é uma necessidade urgente... Devemos prevenir a multiplicação dessa gente ruim."
"A Eugenia é... o caminho mais adequado e direto para a solução dos problemas raciais, políticos e sociais."
"O próprio controle de natalidade, frequentemente denunciado como violação da lei natural, não é nada mais do que uma facilitação do processo de eliminação dos inaptos, da prevenção do nascimento de defeituosos ou daqueles que se tornarão defeituosos."
"O desequilíbrio entre a taxa de natalidade dos inaptos e os aptos é a maior ameaça atual à civilização... o problema mais urgente hoje é como limitar e desencorajar a hiper-fertilidade dos mentalmente e fisicamente defeituosos."
"A campanha pelo controle de natalidade não tem meramente valor eugênico, mas é praticamente idêntico aos objetivos finais da Eugenia."
"Nosso fracasso em segregar os imbecis que estão aumentando e multiplicando... um peso morto de escória humana... uma classe de seres humanos incessantemente crescente, que jamais deveriam ter nascido."
Essas foram apenas algumas palavras da maior figura do abortismo, racismo, eugenia e controle de natalidade, Margaret Sanger, fundadora da organização milionária Planned Parenthood.

Nos Estados Unidos, os negros são 12% da população mas, absurdamente, 37% dos bebês abortados são negros. Uma a cada duas gestantes negras aborta sua criança sob o incentivo da organização abortiva-racista Planned Parenthood. O aborto contra crianças negras chega ao ponto de o reverendo Clenard Childress afirmar que "o lugar mais perigoso para um negro é no útero de sua mãe negra."
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8) As ditaduras direitistas e os facistas (militares, Pinochet, Franco, Mussolini) não eram contra o aborto?
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O problema com esse argumento é simples:  pessoas ruins e pessoas boas podem ambas acreditarem em coisas verdadeiras e corretas. Ou em outras palavras, só porque uma pessoa fez uma coisa errada (Fascismo, ditadura), isso não significa que todas as suas crenças sejam erradas.

Alguns poucos exemplos são suficientes para demonstrar isso. Os nazistas adotaram campanhas contra o cigarro. Por causa disso, deveríamos incentivar o tabagismo?

Pensadores em épocas antigas rejeitavam a idéia de libertação dos escravos e o fim da discriminação dos negros. Por acaso, isso significa que eles estavam errados em respeitar e conceder liberdade para outros grupos?

Tecnicamente, esse argumento é classificado como sofisma "ignoratio elenchus", ou seja, argumentação a partir de pontos irrelevantes.
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9) Não existe certo ou errado com relação à moral de cada um;  eu tenho a minha e você tem a sua, ok?
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Essa postura, conhecida como relativismo moral, é bem antiga e tem sido moda desde a virada do século XX, quando os relatos dos costumes de sociedades de outras regiões chegaram à Europa. Segundo esse relativismo, as proposições morais não são mais que declarações de uma opinião pessoal e, portanto, não teriam valor absoluto.

O principal problema com essa idéia é que os relativistas não têm como denunciar práticas execráveis como o racismo. Com que base eles vão condenar (se é que condenam) as idéias de Hitler de pureza racial? Será que deveríamos acreditar que ele estava falando uma verdade moral quando advogava a Solução Final?

Além da incapacidade de rejeitar como erradas as práticas de outras sociedades, os relativistas não podem contra-argumentar nem mesmo com aqueles que participam da mesma sociedade. Eles não podem repreender nem mesmo alguém que, por exemplo, se propuser a fabricar ração canina com carne humana vinda de pessoas mantidas em cativeiro, se esse alguém achar que isso seja moralmente justificável.

De fato, os relativistas não podem adotar o conceito de progresso moral da sociedade, já que eles não têm uma base para julgar o progresso moral. Nem mesmo faria sentido perguntar a um relativista moral sua opinião com relação a questões morais como a eutanásia, o infanticídio, ou o uso de fetos humanos em pesquisas.

Diante desses argumentos, os relativistas algumas vezes argumentam que a verdade moral é baseada nas crenças de uma sociedade, e essa verdade não seria nada mais do que a reflexão dos costumes ou hábitos de uma sociedade. Matar fetos seria aceitável, eles diriam, porque a maioria das pessoas pensam que é aceitável.

Evidentemente, eles não possuem um fundamento firme. Deveríamos portanto aceitar que a escravidão era justa antes da abolição e injusta depois? Será que todas as decisões morais poderiam ser decididas por pesquisa de opinião publica?

A conclusão é que existe uma verdade moral (se fosse de outra forma, a moral se tornaria vazia e sem poder prescritivo). Assim, aqueles que rejeitam os males da escravidão, discriminação racial e preconceito de gênero e aqueles que denunciam os males do darwinismo e defendem a vida têm muito em comum.
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10) Mas se os embriões forem criados exclusivamente para uso em pesquisas; o que há de errado nisso ?
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Essa questão parece ser uma versão mais disfarçada da frase "Mas nós queremos ter remédios, abortar, etc, então o que há de errado nisso?" A idéia de que um ato, por ser intencional, possa ser eximido moralmente é totalmente ilógica.

Mas pior que isso, talvez seja o fato de que tal crença é perigosa pois pode servir de justificativa para algumas práticas universalmente condenadas. Para ver como é isso, considere a seguinte frase baseada na questão:  "escravizar crianças pode ser justificável desde que nós as criemos para nosso uso."

Deste modo, não seria possivel um argumento desse ser usado para defender um grupo de senhores de escravo, que criam e escravizam humanos e justificam isso dizendo "mas eles foram criados para serem nossos escravos"? Os nazistas não poderiam ter defendido sua matança dizendo "mas nós os juntamos para matá-los"?

A vida humana tem um valor inerente, um valor que não aumenta ou diminui dependendo dos interesses de outras pessoas. Os experimentos de laboratório efetivamente reduzem os seres ao status de ferramentas descartáveis, para serem usados e jogados fora em benefício de outros. Aqueles que duvidam disso deveriam pensar nas implicações desse ponto de vista para os próprios humanos.

"Que moral vergonhosa e digna de párias é essa que se nega a reconhecer a essência eterna que existe em toda a criatura vivente e brilha com significância inescrutável para que todos os olhos capazes de ver o sol!"
- Arthur Schopenhauer (filósofo)
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11) Se o embrião não vai viver mesmo, porque então não podemos usá-lo?
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O assassinato de nascituros para obter suas células-tronco, por exemplo, é feita sob pedido (através da demanda do mercado), e com o apoio financeiro (através do pagamento) dos consumidores finais. Essa cumplicidade é indisfarçável. A sociedade não admite inocência daqueles que compram mercadorias roubadas só por "eles não terem cometido o roubo".

O uso de embriões desincentiva a busca da cura por outros meios melhores e fará com que surja uma monstruosa indústria de fabricação de humanos para consumo medicinal.
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12) As crianças abortadas não estão sendo poupadas de uma vida de sofrimento?
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Quem pergunta isso supõe três coisas:
Primeiro, supõe que as crianças abortadas estariam irremediavelmente destinadas ao sofrimento.
Segundo, assume que essas crianças prefeririam morrer do que viver com seu sofrimento.
E terceiro, finge crer que os abortistas estariam visando o interesse das crianças que eles estão para abortar.
Todas as três suposições são absolutamente incorretas.

É bem dificil dizer que, de alguma maneira, as crianças abortadas estejam sendo "poupadas". Elas não são poupadas sequer de mutilação durante o aborto, sendo normalmente retiradas do útero esquartejadas.

Os escravos viviam uma vida de sofrimento. Pela argumentação dos abortistas, deveriam tirar a vida dos escravos?
Ninguém em seu juízo perfeito aceita uma argumentação dessas.

Uma variação do tema "aborto beneficia suas vítimas" é a de que essa prática impede a super-população, o que salvaria os nascituros de morrerem de fome (algum abortista poderia dizer "uma curetagem é preferivel a morrer lentamente de fome" e ser levado à sério?).

A Rússia é um dos países que mais aborta e isso não melhorou em nada a situação deles - pelo contrário, é um país em vias de extinção.

A humanidade já passou inúmeros períodos de fome e peste. Por acaso deveria ter sido extinta naquela época para que ninguém mais sofresse de doença e fome? Milhares de seres humanos morrem de fome a cada dia. Deveriamos aceitar a idéia dos abortistas e matar as vítimas da fome de uma vez? Obviamente que não.
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13) A moral é uma construção puramente intelectual (nascituros não têm capacidade para compreender a moral) e isso significa que aplicar moral aos nascituros não faz sentido. Os nascituros não se importam conosco, então porque deveríamos nos importar com eles?
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Essa opinião de que deveriamos dar direitos apenas àqueles que forem capazes de respeitar os nossos direitos, é conhecida como argumento da reciprocidade.

Você andando numa rua não tem meios de agir reciprocamente em relação a uma pessoa desconhecida que passou pela mesma rua minutos antes. Assim, seria moralmente aceitável, sob essa visão, que aquela pessoa deixasse uma casca de banana ou uma armadilha que ferisse o próximo que passasse por ali?

A falha desse argumento pode ser facilmente demonstrada fazendo uma substituição simples:  bebês e crianças pequenas não compreendem a moral, isso significa que aplicar nossa moral às criancas não faz sentido? Claro que faz.
Nós evitamos a morte de crianças e bebês pelas mesmas razões que evitamos a morte de adultos. É irrelevante que eles não sejam capazes de conceitualizar um sistema moral e seus benefícios.

A distinção relevante é formalizada pelo conceito de "agentes morais" e "pacientes morais" (papéis morais ativo e passivo). Um agente moral é um individuo que possui a habilidade de conceitualização para lidar com princípios morais e usá-los para tomar suas decisões, e tendo tomado uma decisão, têm o livre arbítrio para agir de acordo com sua decisão moral. Por essa habilidade, é justo que os agentes  morais sejam responsabilizados pelos seus atos. O agente moral no paradigma humano é o homem ou a mulher adulta normal.

Pacientes morais, pelo contrário, não possuem as capacidades que os agentes morais têm e assim não podem ser responsabilizados pelos seus atos de maneira justa. Contudo, eles ainda possuem a capacidade de viver e portanto ainda são objetos de consideração pelos agentes morais.

Os bebês, as crianças pequenas, os deficientes mentais, os loucos e os bebês no útero são exemplos de pacientes morais.
Dado que os bebês não-nascidos são pacientes morais, eles fazem parte do universo de consideração moral, e portanto faz sentido ter a mesma consideração moral com os nascituros que temos com os humanos.
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14) Sua esposa está sob gravidez de risco. Qual você pediria ao médico para salvar:  sua esposa ou o bebê?
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Isso não informa nada sobre a validade de quaisquer princípios morais. A escolha de quem salvar não diz nada a respeito do que é certo ou errado. Eu poderia decidir salvar minha esposa com risco para o meu filho(a), mas isso não significaria que eu poderia abortar. Além disso, os abortos realizados não são devido à gravidez de risco.
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15) Um feto não é apenas um aglomerado de células?
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Ninguém pode afirmar isso de forma honesta. A diferença entre um feto e um aglomerado de células - como o que se extrai para testes de laboratório - é gigantesca.

Mesmo quando um aglomerado de células se multiplica, ele só se torna uma aglomerado maior. Mas as células do feto são únicas, se multiplicam, diversificam e formam as estruturas incríveis do organismo humano.

Um feto não é um aglomerado aleatório de células, é um ser vivo que contém toda a fisiologia e anatomia que formarão um homem ou uma mulher - e todo abortista sabe disso perfeitamente. Portanto, a pergunta fica desmascarada como uma vergonhosa tentativa desonesta.

Além disso, já ficou estabelecido que os fetos sofrem com o aborto. Certas respostas fisiológicas, como batimentos cardíacos acelerados e a existência de um sistema nervoso central confirmam esse fato.

Também importa o aspecto de que o feto está a caminho de ser um indivíduo comum e que o aborto, portanto, prejudica esse indivíduo.
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16) Não seria melhor que uma pessoa em coma morresse?
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Se uma pessoa está em coma, é possível que em um certo tempo, ela pode se recuperar - a pessoa sempre tem o potencial de voltar à consciência novamente. Por acaso, essa pessoa perde os direitos enquanto está em coma?
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17) Se os defensores da vida estão tão preocupados com a matança dos fetos, porque eles não adotam crianças?
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A falácia "ad hominem" significa literalmente "ataque o homem" (ou pessoa). Portanto, o ataque ad hominem é ataque à pessoa que apresenta um argumento em vez de atacar o argumento em si.

Em vez de lidar com o que a pessoa está dizendo, os abortistas atacam a própria pessoa. Isso é uma péssima forma de raciocínio porque no final das contas, o argumento não é refutado. Portanto, quando os abortistas julgam, ridicularizam, insultam ou caluniam o defensor da vida como pessoa, ele não ataca os argumentos em defesa da vida.

Assim, uma falácia ad hominem comum pode ser condensada na seguinte afirmação:  A menos que o defensor da vida esteja disposto a ajudar a criar as crianças que ela não quer ver abortadas, ela não tem o direito de impedir uma mulher de abortar.

Essa é uma afirmação que seria bizarra como princípio de ação moral. Por um lado, deixa uma questão sem resposta ao assumir que os não-nascidos não seriam totalmente humanos. Esses mesmos abortistas não condenariam o assassinato de uma criança mesmo se os pais dela chegassem para eles dizendo:  "A menos que vocês adotem nossos três filhos agora, vocês não têm o direito de nos impedir de matá-los." Obviamente, se os abortistas se recusarem a adotar essas crianças, isso não seria justificativa para os pais delas matarem-nas. Portanto, tudo depende apenas de o não-nascido ser humano.

Em segundo lugar, pense em todas as aberrações que poderiam ser facilmente derivadas de tal distorção de princípio moral: a menos que eu esteja disposto a me casar com a esposa de meu vizinho, eu não posso impedí-lo de espancá-la;  a menos que eu esteja disposto a adotar a filha do meu vizinho, eu não posso denunciar sua mãe por maltratá-la;  a menos que eu esteja disposto a contratar os ex-escravos, eu não posso condenar a escravidão...

É verdadeiro que qualquer um que defenda a vida tem uma obrigação moral de ajudar aqueles que necessitam, especialmente mães solteiras e órfãos (e há organizações dedicadas à essa tarefa para demonstrar que nós defensores da vida praticamos aquilo que pregamos).

No entanto, não há nexo lógico que implique que essa obrigação moral torne o aborto um bem só porque indivíduos que defendem a vida não estejam envolvidos em tal causa em um determinado momento.
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18) A teoria ética de contrato moral não demonstra que os nascituros não têm direitos ?
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O contrato moral é uma teoria ética que tenta caracterizar nossa moralidade por meio de acordos mutuamente benéficos, ou contratos. Por exemplo, ela explicaria nossa recusa em agredir-mo-nos uns aos outros dizendo que teríamos um contrato implícito:  "você não me agride e eu não vou agredir você".

A relevância do contrato moral para os direitos dos não-nascidos vem da suposição de que os nascituros são incapazes de participar de tais contratos, acompanhada da alegação de que os direitos somente podem ser concedidos àqueles que podem participar desses contratos. A grosso modo, isso quer dizer que nascituros não poderiam ter direitos porque eles não teriam a capacidade racional de consentir com um contrato que exigisse que eles respeitassem os direitos alheios.

Contudo, a teoria do contrato moral não oferece uma descrição realista do nosso comportamento e motivação morais. Imagine que perguntemos a uma pessoa comum por que ela pensa que é errado roubar seu vizinho. Será que ela responderia que "ela não roubando vai evitar que o vizinho a roube depois" ? Provavelmente não, em se tratando de uma pessoa com escrúpulos. Nem tampouco ela iria responder que ela e o vizinho possuem um acordo implícito para não roubarem um do outro.

Similarmente, nós não ensinamos às crianças que a razão pela qual elas não devem roubar seja porque assim os outros não vão roubá-las. E quando uma pessoa arrisca sua própria vida para salvar o filho de um estranho, essa pessoa não estaria fazendo isso como resultado de uma obrigação contratual. Certamente, quando alguém faz isso, é em resposta à aflição de alguém e não um resultado de obediência a um contrato.

Outros sugerem que crianças recebem um conjunto de "direitos reduzidos" para protegê-las delas mesmas. O problema então é que a redução dos direitos das crianças no útero está completamente fora de proporção. Se não é aceitável o uso de crianças para vivissecção sob a justificativa de terem menos direitos que um adulto, por que deveríamos permitir o extremo abuso que é o aborto sobre as crianças não nascidas.

Novamente, vem ao caso o exemplo da pessoa andando numa rua sem ter meios de agir reciprocamente em relação a uma pessoa desconhecida que passou pela mesma rua minutos antes. Assim, seria moralmente aceitável, sob a teoria de contrato moral, que aquela pessoa deixasse uma armadilha que ferisse o próximo que passasse por ali? E se uma pessoa renunciasse sua participação em quaisquer contratos morais implícitos e assim declarasse que estaria justificada em fazer o que bem entendesse?

Em suma, a teoria do contrato moral falha porque:
a) não representa o nosso comportamento e motivações no mundo real
b) permite que contratos injustos possam ser criados
c) não explica o porquê de concedermos direitos àqueles que não têm capacidade de participar de contratos
d) teria consequências impossíveis de resolver de forma prática.

A teoria do contrato moral então é demonstradamente uma teoria fracassada. É apenas uma teoria que alguns abortistas podem achar conveniente para negarem direitos aos não-nascidos.
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19) Há problemas mais urgentes do que os direitos dos fetos, tais como a pobreza, as crianças fora do útero que estão abandonadas, sem educação, etc;  você não tem nada melhor a fazer?
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Essa questão assume que é mais importante ajudar os nascidos do que ajudar os não-nascidos. Alguns caracterizariam isso como um argumento darwinista (veja a questão 1).

É comum invocar a noção utilitária de que a vida dos nascidos é mais preciosa e argumentar que há maior sofrimento e perda associada com a crueldade e negligencia com crianças e adultos do que com os nascituros. Isso levaria a acreditar que seria melhor empregarmos nossas energias lutando exclusivamente por outras causas humanitárias em vez de defender a vida dos bebês não-nascidos, doentes terminais e deficientes. No entanto, mesmo aceitando essa noção, há razões importantes para empregarmos nosso tempo e energia na questão dos não-nascidos.

O aborto é altamente nocivo para as mulheres. As que fazem aborto têm taxas elevadas de problemas psicológicos incluindo depressão, ansiedade, comportamentos suicidas e uso de drogas. O Dr. David Fergusson apóia o acesso irrestrito ao aborto e se descreve como "ateu racionalista e pró-escolha", mas em estudo promovido pelo governo da Nova Zelândia reconhece que o aborto é um procedimento médico-cirúrgico comum que tem reações adversas e os problemas de saúde mental se seguem ao aborto e não o contrário.

A defesa das crianças não-nascidas também é altamente benéfico para os demais humanos porque resultaria numa defesa dos valores familiares e o apoio à compaixão com os nascituros tem toda a probabilidade de render dividendos sob a forma de maior compaixão com os demais humanos.

O movimento em defesa da vida *é parte* do movimento pelos direitos humanos. A base na qual os direitos do não-nascido se fundamenta é a mesma base dos direitos humanos. Assim, aqueles envolvidos com o movimento em defesa da vida são parceiros na luta pelo respeito aos direitos humanos - os direitos da mulher, das minorias, etc... Esse movimento é construído com a mesma "argamassa" moral que o movimento dos direitos humanos.
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20) Há regiões em que o nascimento de crianças diminui a disponibilidade de alimentos;  como alguém resolveria isso sem o aborto?
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A defesa da vida não é utilitarista e a vida das crianças não-nascidas deve ser defendida ainda que isso custasse mais.

No entanto fica óbvio que é muito mais caro no longo prazo financiar o envio, treinamento e equipagem de um abortista do que enviar insumos agrícolas e treinar fazendeiros.

Nos custos devem ser computado os fatos:
- toda pessoa que se torna abortista profissional é um médico a menos para salvar vidas e curar doentes;
- toda pessoa abortada é uma pessoa a menos que iria contribuir para a economia de inúmeras formas;
- aborto não resolve nada a longo prazo, pelo contrário, só complica;
- um aborto pode variar de $370 a $3000 dependendo do tempo de gravidez;
- os custos de cuidados psicológicos à gestante diante das seqüelas do aborto.

Dennis Howard, presidente do grupo pró-vida Movement for a Better America, pesquisou o impacto econômico do aborto desde 1995 e concluiu que os 50.5 milhões de abortos desde 1970 custaram aos Estados Unidos cerca de 35 TRILHÕES de dólares em PIB. Se forem incluídos os bebês perdidos através de métodos contraceptivos, pílulas abortivas e esterilização o custo sobe para 70 TRILHÕES.

Esse custo ocorre sob a forma de perda de produtividade com menor número de trabalhadores contribuindo para a sociedade, menor contribuição para os governos locais, estaduais e federal que passam a ter menos recursos para pagar educação, saúde e segurança pública e também menor contribuição para o sistema de previdência social, que está à perigo de quebrar por ser financiado por uma proporção menor de trabalhadores em relação ao número de aposentados.

A abordagem de Howard é mais conservadora do que a usada por agências do governo, como a agência ambiental EPA, que calcula 7.8 milhões de dólares por vida humana, e que se fosse calculado no custo dos abortos chegaria a um total de $390 TRILHÕES.

Steven Mosher, presidente do Population Research Institute afirmou em 2007 que "Quando você olha para as projeções que demonstram que nossa população está rapidamente envelhecendo nas próximas décadas, quando você vê nossa economia e programas do governo como o Seguro Social sob risco de quebra, pode ver que a taxa anual de natalidade de 0.9% não é o suficiente."
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21) Mas não foi comprovado que a legalização do aborto reduziu o número de crimes nos Estados Unidos?
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Essa alegação infundada foi publicada por Steven Levitt em seu livro Freakonomics e postulava que a taxa de criminalidade poderia ser reduzida com a legalização do aborto.

Essa teoria se baseia em duas premissas:
1) crianças não desejadas seriam mais propensas ao crime e
2) o aborto legalizado levaria a uma redução no número de filhos não desejados

Os abortistas assim acabam afirmando que a criminalidade diminuiu porque os "futuros criminosos" foram executados ainda no útero. Que conveniente!

Levitt atribuiu a diminuição na delinqüência juvenil nos anos 90 ao fato de que as taxas de aborto aumentaram nos anos 70, mas na verdade ele cita 3 outros fatores antes de citar esse:  o aumento do policiamento, aumento da captura e prisão de criminosos e término da epidemia de crack. O autor documentou todos os 3 fatores em seu livro, enquanto que o último que é propalado pelos abortistas figura apenas como sugestão desacompanhada de dados.

Primeiramente, é óbvio que correlação de dois eventos não implica que um seja a causa de outro. Portanto, o aumento do aborto não é comprovado como causador da redução da criminalidade meramente por um evento ter acontecido depois do outro.

Os abortistas se aproveitam da coincidência do evento Row vs Wade com os seguintes fatores de redução da criminalidade:  leis mais rígidas, prisões, maiores sentenças, pena de morte (que quadruplicou dos anos 80 para os 90), porte de arma, tolerância zero e o crescimento econômico. Foram esses os principais fatores que reduziram a criminalidade nos anos 90.

Segundo, dois economistas do Fed descobriram furos graves nos dados usados pelos autores do Freakonomics. Além disso, os autores do Freakonomics omitiram qualquer distinção entre o número de abortos na década de 70 e a de 90.

Tampouco sequer levaram em conta o efeito que o aborto tem nos pais da criança abortada - um homem que tem filhos é menos propenso a cometer crimes do que um homem sem filhos. Portanto, logo de início o aborto tem como efeito o aumento da criminalidade.

Conforme demonstrado por John Lott Jr em seu livro Freedomnomics, a liberação do aborto também aumenta a criminalidade por induzir os jovens a praticar sexo frivolamente achando que se houver gravidez indesejada, vai ser fácil resolver com um aborto.

Quando chega a gravidez, muitas mães não têm coragem de abortar. A criança nasce e cresce sem um ambiente familiar sadio e sem o pai e isso pode levar à maior delinquência. O aumento do número de crianças nascidas fora de um ambiente familiar é maior do que a redução do número de crianças indesejadas, então, há aumento líquido de condições favoráveis à criminalidade.

Outras questões importantes frisadas por John Lott Jr:

1) Se o aumento dos abortos fizesse a criminalidade cair, faria cair primeiro com relação aos criminosos mais jovens e gradualmente até os mais velhos. Nos EUA, ao contrário, a criminalidade começou a cair entre os mais velhos e caiu gradualmente até chegar nos mais jovens.

2) A proporção de assassinatos cometidos por aqueles que seriam os primeiros "beneficiários" na idade em que completaram 14-17 anos foi 3.6 vezes maior do que a proporção de assassinatos cometidos por rapazes que nasceram antes da legalização do aborto, em 1966 a 1970. Ou seja, a proporção de assassinatos cometidos por aqueles que nasceram DEPOIS de Roe vs Wade, entre 1975 e 1979 é maior que os assassinatos cometidos por aqueles que nasceram ANTES de Roe vs Wade, entre 1966 e 1970 (ambos os grupos tendo a mesma faixa de idade de 14 a 17 anos).

Se o aborto realmente diminuísse a criminalidade, 14 a 17 anos depois da liberalização a proporção de crimes cometidos nessa faixa de idade seria menor pois menos crianças indesejadas escaparam da onda de abortos ocorrida 14 a 17 anos antes.

Aconteceu o contrário:  os jovens pós-abortismo cometeram ainda mais crimes do que as gerações anteriores, portanto, se o mesmo critério do Freakonomics fosse usado deveríamos concluir que o aborto provoca mais crimes.
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22) Sem aborto, como teríamos as vacinas benéficas obtidas a partir de células de fetos abortados?
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Elas são vacinas contra varíola (Acambis), ebola (Crucell), gripe (Vaxin, MedImmune), hepatite (Glaxo, Merck), HIV, sarampo, varicela, caxumba e rubéola (Merck), Pólio e Raiva (Aventis) e septicemia (Eli Lilly).

Além dessas vacinas não serem propriamente "benéficas" devido a inúmeros riscos - como, por exemplo, o da presença de material genético em mutação - o uso de tecidos de crianças abortadas é completamente desnecessário.

Há vacinas comercialmente disponíveis que são fabricadas a partir de células de rins e embriões de animais sem necessidade de uso de cadáveres de crianças humanas abortadas.

Também, os tecidos de crianças abortadas para pesquisa de vacinas foram de bebês abortados nos anos 60. Os bebês abortados não são "matéria-prima" para vacinas.

Vale acrescentar que a rubéola é uma doença infantil não letal para crianças acima de 3 meses de concebida. Já haviam 2 vacinas contra a rubéola no mercado e os japoneses isolaram o vírus meramente passando um cotonete na garganta de uma criança infectada. Portanto, fica evidente que a vacina contra rubéola usando um bebê abortado surgiu apenas com o intuito de fabricar uma justificativa para a pesquisa em fetos humanos.

Com o questionamento sobre as vacinas, o abortista quer implicar que haveria uma cumplicidade moral, como se ser beneficiário incidental de um crime fosse igual a ser cúmplice. A realidade é que ser beneficiário de um ato imoral pregresso não é necessariamente errado. Todos somos beneficiários de erros e crimes dos antepassados.

Nos casos de vacinas existentes derivados de experimentos em embriões, o mal já foi feito. Não haveria nada a ganhar em recusar o tratamento se a empresa que fabrica a vacina já parou de usar mais embriões humanos.
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23) É praticamente impossível eliminar o aborto. Mesmo proibido, ainda haverão mulheres que abortarão.
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Sim, isso é tão difícil quanto eliminar todos os crimes cometidos pelo ser humano.
Por essa lógica, não deveríamos tentar impedir criminosos de assassinar outras pessoas, já que é praticamente impossível eliminar o assassinato.
Portanto, essa alegação não justifica uma "temporada de caça aos nascituros".

Um objetivo razoável, diante da realidade atual, é impedir que o aborto seja legalizado. Isso bloquearia grande parte do problema.
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24) E os espermatozóides e óvulos? Eles também têm direitos?
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Um espermatozóide e um óvulo são apenas células que transportam material genético. O indivíduo humano só surge quando o material genético de ambos tipos de células é reunido e combinado durante a concepção.
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25) Os nascituros são abortados tão rapidamente que eles não sentem nenhuma dor e nem sabem que estão sendo abortados. Portanto, o que há de errado com o aborto?
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Essa opinião só pode ser aceita por aqueles que ainda não tomaram conhecimento dos métodos de aborto e da reação da criança prestes a ser assassinada.

Os nascituros lutam por suas vidas à medida que sentem a agonia do medo da morte. Somente as pessoas que nunca viram um aborto poderiam dizer que esses nascituros não sentiriam terror e dor ou não estariam cientes de que estão sendo mortos.
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26) Como voce justifica perdermos os avanços médicos que salvariam vidas humanas com a proibição do uso de embriões?
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Da mesma maneira que justificamos a não-realização de experimentos forçados em humanos nascidos, como por exemplo, em deficientes mentais. Os avanços médicos que salvam vidas não podem ser atingidos a qualquer custo. Devemos entender que existem ganhos que são obtidos da maneira errada, e que os frutos em potencial do uso de embriões humanos se enquadram nisso.

Essa questão também devia ser considerada um insulto velado à criatividade e à capacidade dos cientistas. Embora humanos nunca estiveram em Plutão, os cientistas têm colhido muita informação a seu respeito. Porque tais proezas científicas não seriam repetidas em outros campos?
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27) Não há circunstâncias em que não há alternativas ao uso de embriões?
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Essas circunstâncias não existem. As pesquisas com células de adultos estão sendo bem sucedidas enquanto que não há nenhum resultado significativo com células de embriões.

E mesmo que houvessem circunstâncias sem alternativa ao uso de embriões, a resposta sucinta seria:  "E daí?"

A sociedade está contente o bastante em ignorar o conhecimento que seria adquirido à custa de obrigar grupos humanos indefesos a serem testados, e isso inclui crianças, os mentalmente retardados, idosos e doentes. Isto é, uma decisão moral prévia foi tomada para excluir esses indivíduos da experimentação, e deixar de considerar qualquer conhecimento potencial derivado desta maneira.

Da mesma forma que as justificativas oferecidas pelos nazistas nos campos de concentração eram moralmente ilícitas, assim também são todos e quaisquer benefícios que possam advir da experimentação em embriões.
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28) Mas e se os nascituros se beneficiarem também, isto é, através de um avanço na medicina neonatal?
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A imoralidade das violações do direitos à vida não é atenuada pela alegação de que as vítimas e beneficiários são da mesma classe.
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29) Mas não é verdade que os nascituros abortados vão direto para o céu/paraíso? Não estaríamos fazendo um favor a eles ao impedí-los de sofrerem e serem julgados?
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Para cada criança abortada, há dezenas de almas penduradas por um fiapo diante do abismo:  a mãe, as pessoas que a encorajaram a fazer aborto, os doutores e enfermeiros abortistas, todos os que cooperaram material ou intelectualmente com a obra macabra.

A certeza é que aqueles que abortam, ajudam a abortar ou tentam justificar o aborto com tais ironias estão sob iminência de receber castigo eterno.
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30) Poderia fazer um breve resumo de Quem é Quem no movimento em defesa da vida?
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Dr. Bernard Nathanson - ex-médico abortista responsável por mais de 75 mil crianças mortas, mas que se arrependeu depois da invenção da ultra-sonografia na década de 70, que o permitiu observar as crianças não-nascidas. Em 1984, ele filmou o documentário The Silent Scream, que mostrou um aborto da perspectiva de ultra-sonografia. Seu segundo documentário lida com os abortos tardios. Ele também afirma que as estatísticas de abortos ilegais que ele citava quando ainda era abortista eram todas mentirosas. Dr. Nathanson se converteu ao Catolicismo.

Susan B. Anthony - proeminente ativista pela igualdade, direitos civis e sufrágio feminino, que no entanto, rejeitava o aborto.

Nat Hentoff - colunista de esquerda que rejeita o aborto e que, por isso, foi boicotado pelos colegas da redação da The Village Voice onde ele trabalhava há 50 anos.

Norma McCorvey - ou Jane Row da disputa legal "Roe vs Wade", que queria abortar seu bebê e alegou ter sido estuprada, mas que hoje afirma que mentira sob manipulação de seus advogados. McCorvey se converteu ao Cristianismo, depois Catolicismo, e passou a defender a vida.

Flip Benham - pastor e ativista pró-vida da Operation Save America, foi quem levou Norma McCorvey a reconsiderar sua opinião sobre o aborto e esteve envolvido em várias manifestações pró-vida, sendo preso em várias delas.

Dr. C. Everett Koop - foi um cirurgião geral do governo americano (mais ou menos um ministro da saúde) que escreveu The Right to Live, The Right to Die, sobre aborto, infanticídio e eutanásia. Depois escreveu, com Francis Schaeffer, What Ever Happened to the Human Race?, denunciando o aborto como prostituição da medicina. O presidente Reagan havia encomendado a ele um relatório sobre os efeitos nocivos do aborto nas gestantes, mas ele havia jurado exercer seu cargo com isenção, além de não querer tornar a causa pró-vida em interesse utilitário ao caracterizar o aborto como problema de saúde da gestante e não da criança.

Dr. John C. Willke - presidente do National Right to Life Committtee, que ajudou a liderar o movimento em defesa da vida nos anos 80.

Gianna Jessen - ativista pela vida e cantora, sobrevivente de um aborto. Gianna nasceu prematuramente e com atrofia e problemas de locomoção.

Sarah Smith - ativista pela vida e sobrevivente do aborto que matou o irmão dela. Sarah nasceu com vários problemas físicos.

Wendy Wright - vice-presidente do Concerned Women for America, ativista que trouxe atenção para os riscos da droga abortiva RU-486 e para o fato de que a pesquisa com células de embriões não deram resultados.

Francis Schaeffer - pastor presbiteriano que ajudou a fazer surgir entre os evangélicos um retorno ao ativismo político contra o aborto e o humanismo secularista no final dos anos 70.

Randall Terry - ativista e músico pró-vida que fundou a organização Operation Rescue e foi preso mais de 40 vezes em protestos contra clínicas de aborto. Foi porta-voz dos pais de Terri Schiavo.

Terri Schiavo - sofreu de estado vegetativo persistente durante 15 anos e foi motivo de disputa judicial entre seus pais, que queriam que ela continuasse a receber suporte médico, e seu ex-marido Michael Schiavo, que queria que seus tubos de alimentação fossem retirados para que ela morresse de uma vez.

Eluana Englaro - uma mulher italiana que sofreu um acidente e ficou em estado vegetativo persistente durante 17 anos até que seu pai pediu que seus tubos de alimentação fossem retirados para que ela morresse. As autoridades inicialmente se recusaram, mas foram compelidas pelo poder judiciário.

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FINALMENTE ...
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31) Eu li esta lista de perguntas e respostas e não fiquei convencido. Nascidos são nascidos, fetos são fetos;  porque é tão difícil enxergar isso?
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Então explique:
O que há de errado com o canibalismo?
O que há de errado com a escravidão?
O que há de errado com o preconceito racial?
O que há de errado em matar crianças e doentes mentais?
O que há de errado com os experimentos nazistas em humanos?

Os defensores da vida podem responder a essas questões de forma consistente e imediata. Você não pode.

Suas respostas envolvem qualidades que, se você for objetivo, podem ser aplicadas aos nascituros.
Por exemplo, os experimentos dos nazistas eram errados porque suas vítimas eram nascidas, ou porque elas foram mortas e prejudicadas?

Não é difícil ver que nascidos são nascidos e fetos são fetos. O que é difécil enxergar é como essa frase possa ser considerada algo mais do que uma redundância vazia.

Se há diferenças relevantes que justifiquem diferenças no tratamento, quais são? Os abortistas têm falhado repetidamente em basear as diferenças no tratamento dos nascidos versus não-nascidos.

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quarta-feira, março 25, 2009

Documentário Brothers at War

Brothers at War é um documentário sobre uma família americana da qual dois filhos foram servir a pátria no Iraque e o terceiro filho, Jake Rademacher, os seguiu até o Iraque para filmar a guerra na mesma unidade.

O documentário foi produzido pelo ator conservador e patriota Gary Sinise (Tenente Dan em Forrest Gump, Detetive Mac Taylor em CSI:NY) e está há anos-luz distante dos "porco-mentários" como os de Michael Moore e Oliver Stone.

Em Brothers at War há cenas de família e cenas de combate, todas reais. É um documentário que mostra o lado nobre da guerra: os laços de amizade profunda entre os soldados no front e os efeitos profundos que os desafios e sacrifícios dos guerreiros profissionais causam nos entes queridos.



O documentário está sendo exibido inicialmente em instalações militares e em alguns poucos cinemas sob regime de mutirão (pessoas se organizam para comprar mil bilhetes a fim de viabilizar economicamente a exibição local).

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