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segunda-feira, outubro 27, 2008

A grande mentira sobre o New Deal

A grande mentira sobre o New Deal
Segunda parte e continuação de "A Farsa sobre a Depressão de 1929"


São poucos os historiadores que retrataram a Depressão e o New Deal com a devida honestidade e sem viés ideológico. O professor David M. Kennedy mencionou em seu livro ganhador do Pulitzer "Freedom from Fear", que o New Deal "não foi um programa de recuperação, muito menos um programa efetivo."

Mas por várias gerações as pessoas têm sofrido verdadeira lavagem cerebral para acreditar na lenda de que a Depressão de 1929 foi causada pelo capitalismo laissez-faire, e que as medidas keynesianas do New Deal teriam aliviado os problemas e "salvo o capitalismo".

O altíssimo e persistente desemprego foi a demonstração cabal do fracasso das políticas socialistas do New Deal.
Acima: Desempregados aflitos. O altíssimo e persistente desemprego foi a
demonstração cabal do fracasso das políticas socialistas do New Deal.
Esse discursinho é repetido pelos esquerdinhas, estatólatras e simpatizantes, todos eles metidos a sabichões, mas nenhum deles sabe coisa alguma sobre o que realmente aconteceu: as interferências estatais do New Deal serviram apenas para prolongar e aprofundar a depressão econômica.

Eis a grande mentira desmontada de forma sistemática:

A primeira e mais gritante evidência desse fracasso keynesiano foi o alto índice de desemprego que persistiu durante todo o período de vigência do New Deal. De 1934 a 1940, a média anual de desemprego foi de 17,2% e o índice mensal se manteve acima dos 14% durante toda a década de 30. Mesmo com o envio da maioria de cidadãos sem empregos para a Segunda Guerra Mundial, em 1941, 9,9% dos americanos continuavam desempregados e o padrão de vida continuou baixo até depois da guerra terminar.

A Depressão foi um fenômeno internacional, mas nos Estados Unidos, ela foi bem mais profunda e prolongada. Com o New Deal, pela primeira vez na história conhecida, o pico de atividade econômica que se seguiu à uma recessão foi menor que o pico anterior. Em 1937 o ponto mais alto dos índices foi menor do que o ponto mais alto de 1929 e ainda por cima foi seguido de um "crash". Até então, o progresso havia sido a norma das economias e nunca houve uma depressão seguida de outra.

Examinando as políticas do New Deal e as medidas do governo de Franklin Delano Roosevelt, fica bem fácil entender o porque de ter piorado.

Roosevelt não fez nada para resolver a maior causa das quebras dos bancos: as leis federais e estaduais que impediam os bancos de abrirem filiais em outros estados. Isso teria permitido a diversificação da carteira de empréstimos e os bancos não teriam ficado tão vulneráveis à piora das condições locais.

Nos Estados Unidos, um banco apenas podia aceitar depósitos da população local e emprestar dinheiro para a população local. Com a piora, os devedores entravam em inadimplência e as pessoas iam sacando seu dinheiro e os bancos quebravam pois não tinham nenhuma fonte de renda senão os depósitos locais. O Canadá, que permitia aos bancos terem alcance nacional, não teve uma única falência bancária durante a Depressão.

Quando Roosevelt fez sua "reforma" bancária, o sistema ficou ainda mais enfraquecido pois ele obrigou os bancos a separarem sua parte varejista da parte de banco de investimentos. Os bancos universais - os que aceitam depósitos de correntistas e também prestam serviços de emissão e venda de títulos e gerenciamento de recursos financeiros - são muito mais fortes do que bancos que executam apenas uma dessas atividades. Poucos bancos universais quebravam e as ações comercializadas por bancos universais eram menos arriscadas.

Impostos altos aumentam desemprego e o desemprego gera miséria. Famílias de desempregados não tiveram outra alternativa senão morar em barracos. O socialismo quase destruiu o país símbolo da prosperidade capitalista.
Acima: Impostos altos aumentam desemprego e o desemprego gera miséria. Famílias
de desempregados não tiveram outra alternativa senão morar em barracos. O
socialismo quase destruiu o país símbolo da prosperidade capitalista.
Quase todo historiador tem laudado Roosevelt por ter criado a SEC (Securities and Exchange Commission, que seria equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil) para supervisionar os mercados acionários, mas os investidores não obtiveram nenhuma melhoria no retorno dos investimentos em relação à década de 20, antes do SEC ser criado, e nem tampouco beneficiou o resto da economia.

A lei tarifária Smoot-Hawley, instituída pelo presidente Hoover, criou barreiras protecionistas contra o comércio internacional e foi ampliada por Roosevelt, que aprovou a exportação de produtos agrícolas à preços abaixo do custo (dumping) e isso provocou retaliações sucessivas dos outros países. Entre 1929 e 1934, o comércio entre as nações foi reduzido drasticamente em 66%. Mais uma evidência de que quando produtos e serviços não cruzam as fronteiras, os exércitos invasores cruzam.

Roosevelt triplicou os impostos durante a Depressão, de $1,6 bilhões de dólares em 1933 para $5,3 bilhões em 1940. Os impostos federais pularam de 3,5% do PIB para 6,9% em 1940, aumentando ainda mais durante a Segunda Guerra. Roosevelt aumentou impostos contra a renda individual e das empresas, aumentou impostos sobre produtos industrializados e sobre serviços, aumentou impostos sobre propriedade e suas transferências. Ele também criou o imposto sobre lucros não distribuídos, que tirava dos empresários os meios de financiar o crescimento da empresa e as novas contratações. Pessoas de baixa renda foram atingidas pelos maiores impostos de seguro social (equivalente ao INSS) cobrados no contra-cheque. Todos esses impostos significam que há menos capital para a criação de empregos e as pessoas têm menos dinheiro no bolso para o consumo.

Além disso, Roosevelt fez aumentar o custo e o risco de contratação de funcionários. Em vista disso, não foi nada surpreendente que o New Deal tenha fracassado em conseguir diminuir o desemprego. As políticas do New Deal usaram o poder do estado para intervir no mercado de trabalho no sentido de aumentar os salários e custos por empregado, criando uma situação onde algumas pessoas mantinham seu padrão de vida enquanto muitas outras sofriam deprivações. Os economistas Richard K Vedder e Lowell E Gallaway, em seu estudo "Out of Work", estimaram que o desemprego teria sido 8 pontos percentuais mais baixo se não houvesse o New Deal.

O ditador Getúlio Vargas copiou de seu colega ideológico Franklin Roosevelt as políticas socialistas que até hoje vêm atrasando o desenvolvimento brasileiro. A esquerda atual luta para preservar o legado de um fascista que baseou em Mussolini para criar suas leis durante o Estado Novo.
Acima: O ditador Getúlio Vargas copiou de seu colega ideológico
Franklin Roosevelt as políticas socialistas que até hoje vêm
atrasando o desenvolvimento brasileiro. A esquerda atual tenta
preservar o legado de um fascista que baseou em Mussolini para
criar suas leis durante o Estado Novo.
Enquanto isso, no Brasil, o ditador Getúlio Vargas copiou o péssimo exemplo do New Deal de Roosevelt sob o nome de "Estado Novo". Hoje esse notório fascista brasileiro ainda é admirado por ter posado de "defensor do povo" criando leis trabalhistas que desincentivam a contratação e reduzem os empregos, além de ter centralizado o poder no nível federal e executivo em prejuízo dos estados e dos poderes judiciário e legislativo. Vargas também criou o Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão de doutrinação e controle estatal da imprensa do qual agora o governo Lula já evidenciou que pretende criar uma versão.

Roosevelt assumiu poderes arbitrários para supostamente tirar os Estados Unidos da Depressão. Os Democratas controlavam o Congresso, mas Roosevelt era impaciente com o processo democrático e emitiu sozinho mais de 3 mil decretos - um total de decretos maior do que os emitidos por mais de 10 outros presidentes na história americana.

As leis americanas sobre cobranças de impostos mudaram várias vezes em seguida - em 1932, 1934, 1935 e 1936 - e foram criadas leis anti-empresa, o que aumentou a incerteza dos empresários e isso se refletiu em um pior nível de emprego. As decisões de investimento das empresas dependem da possibilidade de planejar e é óbvio que as incertezas, especialmente as provocadas pelos governos, tendem a reduzir os investimentos que geram empregos. Quando as medidas do New Deal forçaram os salários para acima do que vigia no mercado, centenas de milhares desses empregos foram destruídos. Os salários maiores encorajavam os empregadores a encontrar meios de mecanizar ou cortar custos com folha de pagamento e contratação de pessoal.

O New Deal também tornou praticamente tudo mais caro ao tabelar os preços das mercadorias e serviços para acima do mercado. Os preços dos alimentos tabelados ajudavam os grandes fazendeiros às custas de todo o resto da população. Os impostos sobre os equipamentos industriais, ao seu turno, prejudicavam todos os fazendeiros.

Roosevelt assinou decretos que levaram à destruição de milhões de hectares de colheitas e milhões de animais de produção ao mesmo tempo que muitos americanos passavam fome. Seu projeto para a indústria não apenas autorizou cartéis que restringiam a produção e mantinham preços altos, como também tornava crime qualquer tentativa de aumento de produção e baixa de preços - como no caso célebre de um senhor imigrante que foi preso por cobrar 35 centavos de dólar em vez de 40 pelos seus serviços de lavagem a seco.

O resultado das idéias "progressistas".
Acima: O resultado das idéias "progressistas".
Como os estados do norte eram mais decisivos para o partido Democrata de Roosevelt, ele enquadrou suas medidas de forma a favorecer as indústrias do norte e enfraquecer os empregadores nos estados do sul, onde a maior parte da população negra habitava e terminou prejudicada com o maior desemprego. Os negros também foram prejudicados devido a muitos deles serem pequenos fazendeiros e o New Deal concedeu subsídios para os fazendeiros que possuíam mais terras. A parcialidade de Roosevelt também se traduziu numa alocação desproporcionalmente maior dos gastos em obras públicas nos estados do norte e do oeste, onde haviam votos capazes de decidir a próxima eleição a favor de Roosevelt, em vez dos estados pobres do sul.

O New Deal objetivava tirar capital do setor privado para colocá-lo nas mãos do estado e suas leis trabalhistas e coletivistas determinavam que tipo de pessoas as empresas podiam contratar, quanto deviam pagar, que preços podiam cobrar e interferiram nos meios de obtenção de capital. O objetivo de Roosevelt não era a recuperação econômica, mas uma reforma de cunho socialista. Roosevelt e seus conselheiros viam as empresas como culpadas pela Depressão e fizeram todo o possível para restringi-las. Até mesmo Keynes reconheceu que a fúria reformista de Roosevelt tinha ido longe demais e não estava dando certo.

O "estímulo" Keynesiano que é normalmente apresentado como remédio toda a vez que há uma recessão, não funciona. Os gastos maiores do governo significam que um percentual maior da produção nacional será absorvido pelo governo, que é inevitavelmente incompetente na alocação dos recursos em relação ao setor privado e termina por deprimir a atividade econômica.

Outra grande mentira esquerdista é a de que John Maynard Keynes teria sido pró-capitalista. Para saber mais leia o artigo "A teoria econômica de Lord Keynes e a ideologia triunfante do nosso tempo", de Alceu Garcia.

O auge do espírito anti-capitalista do New Deal aconteceu em 1938, quando o departamento de justiça de Roosevelt iniciou 150 processos contra companhias que empregavam milhões de pessoas. As pessoas já não tinham mais a liberdade de abrir empresas para exercer qualquer atividade e os empregados eram forçados a se filiar aos sindicatos.

As idéias têm conseqüências. Os socialistas jamais se responsabilizaram pela miséria causada pela aplicação das suas idéias na prática.
Acima: Família com a vida destroçada pelas promessas
absurdas do socialismo. Os socialistas jamais se
responsabilizaram pela miséria resultante da aplicação de
suas idéias e continuam fazendo as mesmas promessas de
sempre.
Todas as obras públicas e programas de ajuda falharam em compensar e consertar os danos causados por impostos confiscatórios, restrições, processos legais, campanhas de difamação contra os empresários e outras medidas anti-capitalistas do New Deal. Quanto mais dinheiro o governo gastava em obras e programas, mais impostos eram cobrados e a economia sofria maiores danos. Roosevelt mais do que dobrou os gastos estatais mas o desemprego continuou excessivo.

Foram os inúmeros fracassos do New Deal que fizeram diminuir o apoio político que Roosevelt usufruia. Nas eleições de 1938 e 1940 o partido Republicano ganhou um número maior de cadeiras no Congresso. Mas quem foi Roosevelt? Quem foram seus aliados? De onde vieram e como conseguiram tanto apoio para implementar idéias tão insensatas?

Roosevelt e a maior parte de sua equipe foi graduada em Harvard e outros vieram de universidades topo de linha como Yale, Columbia, Chicago. Formavam a elite intelectual da época, conhecidos como "progressistas". Os "progressistas" eram vistos como pessoas nobres e compassivas, ao contrário dos homens de negócio, que eram vistos como gananciosos e especuladores irresponsáveis. Os proponentes do New Deal prometeram criar "um mundo melhor", eliminar a pobreza, abolir o trabalho infantil e "corrigir" os problemas sociais.

O próprio Roosevelt era um protótipo de socialista caviar. Pensava pouco, não tinha princípios, demonstrava completa ignorância em economia e sempre optava pela medida que resultasse em maior controle estatal, mas sabia convencer as pessoas projetando sua personalidade e sua voz de tenor e se guiava pelo oportunismo momentâneo.

Acreditava na divisão em classes: sobre seu amigo Harry Hopkins, chefe dos programas de ajuda do New Deal, disse uma vez que "Harry se dá bem com os da realeza econômica. ... ele parece gostar dos convites para as mansões ricas; gosta de corrida de cavalos e partidas de poker e é mulherengo, e exceto pelo seu histórico de ajuda e serviço social, ele seria bastante adequado para essa classe." Uma vez, um assessor de Roosevelt apresentou dois rascunhos de discurso, um defendendo tarifas mais altas e outro defendendo tarifas menores. Roosevelt ordenou ao assessor que "mesclasse os dois juntos."

Durante o New Deal, socialistas, corporativistas e sindicalistas tentaram todas as idéias "progressistas" de então. Os que culpavam Wall Street criaram regulações contra o mercado de capital, os que odiavam os monopólios privados (porém não odiavam o monopólio estatal) criaram leis anti-truste, e os que clamavam contra a "má distribuição de renda" implementaram "impostos contra os ricos". Todos eles alegavam que os gastos governamentais e déficits públicos trariam a recuperação econômica.

Aproveitando-se da depressão causada pelas políticas socialistas do New Deal, comunistas demagogos investiram sobre o povo com sua propaganda de baixo nível.
Acima: Aproveitando-se da depressão causada pelas
políticas socialistas do New Deal, comunistas demagogos
investiram sobre o povo com sua propaganda de baixo nível.
Obras como a do jornalista Herbert Croly exemplificam o espírito da época: "A tradicional confiança dos americanos na liberdade individual resultou em uma distribuição de renda moral e socialmente indesejável... o caótico individualismo da nossa organização política e econômica... o controle das riquezas ... deve ser eficientemente executado pelo estado."

Em seu artigo "O mito do individualismo corajoso", o historiador Charles A Beard falou em nome de muitos "progressistas" quando escreveu "o credo individualista ... é o principal responsável pelos problemas em que a civilização ocidental se encontra... a tarefa perante nós é ... descobrir o quanto planejamento é necessário e quem melhor pode executá-lo."

Muitos desses progressistas visitaram a União Soviética e voltaram convencidos de que uma economia comandada pelo governo seria a melhor solução. Stuart Chase escreveu o livro "A New Deal" em 1932 onde ele dizia que os comunistas não precisavam "de mais incentivo do que o zelo ardente de criar um novo céu e uma nova terra" e terminou o livro perguntando "por que os russos têm que se divertir sozinhos recriando o mundo?"

Se as idéias "progressistas" fossem boas, deveriam ter funcionado e curado o problema social número um da Depressão - o alto desemprego crônico. Sair da Depressão era considerada uma emergência de guerra e os "progressistas" tiveram todo o capital humano e o poder para pôr em prática suas doutrinas.

Como uma mentira tão grande pode se tornar tão popular? Para perpetrar esse embuste, os historiadores e "cientistas" sociais como James MacGregor Burns, Arthur Schlesinger, Frank Freidel, William Leuctenburg, Kenneth Davis e vários outros - cientistas sociais apenas no sentido em que tentam usar a sociedade como cobaia de suas doutrinas socialistas - se encarregaram de falsear e de ocultar todo o fato inconveniente para a doutrinação que apresenta o estado como salvador. O próprio Schlesinger, em sua autobiografia, admitiu que não era interessado em economia, mas escreveu sobre um dos eventos econômicos mais importantes do século, algo que ele confessadamente não entendia.

- baseado no artigo e no livro "FDR's Folly" de Jim Powell

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postado por Fernando às      
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domingo, outubro 26, 2008

A Farsa sobre a Depressão de 1929

A Farsa sobre a Depressão de 1929
Artigo resgatado do extinto blog do Centro de Mídia Independente do Socialismo Caviar, postado em 23/out/2003.


Para os esquerdinhas e os tolos que acreditam neles, a Depressão de 1929 teria sido por culpa do capitalismo liberal. Com seu viés anti-capitalista, eles repetem o mesmo besteirol de sempre alegando a "especulação" e o "consumismo desenfreado" como causas da depressão, e citam o "crash" da bolsa de valores, o que é obviamente errado. O "crash" foi meramente o marco inicial da depressão.

Eis os fatores principais que antecederam e que causaram a Depressão:

Em 1913, Woodrow Wilson colocou 20% do Manifesto Comunista em prática com a implementação do imposto de renda progressivo. No mesmo ano, com a promessa demagógica de estabilizar a economia e "resolver os problemas monetários", Wilson criou o banco central (estatal), o Federal Reserve Bank, ou Fed. Essa era a idéia tipicamente socialista de uma instituição ligada ao estado para o planejamento e controle central da economia.


Traduzindo a Nota original:  "Esta certifica que foi depositado no tesouro dos Estados Unidos da América. Certificado de Prata. Um dólar de prata. Pagável ao portador sob demanda." Assim a população sabia que a nota representava um bem tangível e podia recebê-lo dando a nota em troca.         Nota do Fed:  "Esta nota é moeda obrigatória para 1 dólar. Vai-se pagar ao portador 1 dólar" Mas dólar de quê? Essa omissão é relevante. Em vez de pagar um dólar de prata, pagava-se com outra nota.
Acima: (Clique para abrir em janela separada.) A nota de
1 dólar (a de cima) foi impressa em 1899 e era na verdade
um certificado que comprovava que o portador era
proprietário de uma certa quantia em prata. A segunda
nota (a de baixo) foi impressa em 1917 para substituir a
primeira e já não representava nenhuma propriedade
material. Reparem nos dizeres de uma e de outra.
(Clique aqui para traduzir.)
Até então, em vez das notas do banco central, os americanos usavam moedas de ouro e prata como meio de transação. O governo não emitia nada além de notas promissórias, assim como os bancos privados. O governo tomava emprestado da população as moedas de ouro e prata e emitia uma nota, isto é, um contrato prometendo pagar a quantia devida. Os bancos aceitavam os depósitos dos clientes e emitiam notas para eles. A nota dizia mais ou menos "pague-se ao portador desta nota a quantidade x de metal". As notas então eram negociadas e serviam como meio de troca pois a promessa era geralmente cumprida.

Durante todas as eras, os governos usaram seu poder violento para roubar os povos - confiscando os pertences através da desvalorização da moeda. Nos dias de hoje, os governos roubam da população através da emissão arbitrária de notas e forçando todo mundo a aceitar papéis de valor fictício. Na Idade Média, os reis recebiam os impostos do povo em ouro, limavam as moedas para extrair um pouco do ouro em pó e passavam as moedas adiante como se elas ainda tivessem o mesmo valor de antes. O rei mandava cunhar novas moedas quando acumulasse ouro em pó o suficiente e ninguém podia recusar as moedas adulteradas.

A nota do governo não era dinheiro, era apenas uma promessa de pagamento. Se o governo emitisse muitas notas e as pessoas começassem a suspeitar de que as notas emitidas por um banco ou pelo governo não seriam honradas, elas ficariam desvalorizadas, isto é, as pessoas aceitariam as notas somente com um desconto sobre o valor impresso tendo em vista o risco maior de não receber o valor impresso. Se um banco emprestasse mais dinheiro do que seus correntistas tivessem depositado, as pessoas desconfiariam e poderiam tentar sacar todas ao mesmo tempo, quebrando o banco. Assim, o mercado, isto é, a população automaticamente impunha um limite sobre o endividamento do governo e os empréstimos bancários e todos eram livres para aceitar ou não as moedas de metal ou notas do governo ou dos bancos.

Nos Estados Unidos do início do século as pessoas eram livres para recusar ou aceitar qualquer moeda e o resultado disso foi a melhor economia na história da humanidade. O século 19 foi o mais próspero de todos os tempos. Não havia imposto de renda, havia poucos regulamentos, não havia seguro social, nem barreiras imigratórias ou alfandegárias e muito menos um esquema de política socialista. Ao ouvirem isso, socialistas sempre tentam engrupir os outros fazendo a comparação desonesta com o século 20, dizendo que o século 19 era de miséria com péssimas condições de trabalho e que os operários e suas crianças trabalhavam mais de 8 horas por dia.

O correto é, obviamente, comparar com o século anterior. Antes, essas famílias operárias viviam na pobreza mais abjeta, sem ter abrigo e o que comer, em nível sub-humano. Somente depois da industrialização, a população européia cresceu 300% em relação à época pré-industrial, quando a expectativa de vida era de apenas 30 anos. Toda conversa fiada marxista contra o capitalismo é derrubada com um simples fato: na época da revolução industrial, a população da Inglaterra mais do que dobrou - o que significa que centenas de milhares de crianças que teriam morrido de fome, doença e má nutrição em épocas anteriores, conseguiram sobreviver até a idade adulta. Antes da industrialização capitalista, um casal teria que gerar cerca de 20 filhos para ter a esperança de que pelo menos um ou dois sobrevivessem até a maturidade.

Entre 1800 e 1850, os salários dobraram e, entre 1850 e 1900, dobraram novamente apesar de a população britânica ter aumentado 4 vezes - um aumento de riqueza de 1600% - com uma melhor dieta, novas bebidas, novas especialidades e vocações. Depois de cerca de 5 milênios de miséria, os seres humanos finalmente descobriram como a riqueza poderia ser produzida de uma maneira sistemática e contínua. Pela primeira vez na história, a indústria capitalista deu chance de sobrevivência às massas.


Traduzindo a Nota original:  "Certificado de ouro. Esta certifica que foi depositado no tesouro dos Estados Unidos da América 50 dólares em moedas de ouro pagável ao portador sob demanda."         Nota do Fed:  "Nota do Federal Reserve. Os Estados Unidos da América vão pagar ao portador sob demanda 50 dólares" Novamente, o bem tangível deixou de ser especificado e assim o valor da nota passou a ser baseado em uma ficção.
Acima: (Clique para abrir em janela separada.) A antiga
nota de 50 dólares era um certificado que dava ao
portador a propriedade de uma quantia em ouro. A nota de
baixo foi impressa posteriormente pelo Federal Reserve
Bank e não faz menção a nenhum valor tangível como a
primeira. (Clique aqui para traduzir.)
Mas a partir da década de 20, o recém-criado Fed passou a emitir notas sem o correspondente depósito em ouro e inflacionou o dólar em 60%, criando uma bolha de valorização das ações em bolsa que estourou no fim da década. Essa intervenção governamental inflacionária faz com que a taxa de juros fique artificialmente baixa provocando expansão do crédito.

Naquela época não havia meios de informação velozes como há hoje. O Fed aumentava a quantidade de moeda impunemente pois não saía nos jornais e poucos ficavam sabendo. A maioria só podia observar os efeitos temporários na economia, não cogitava de onde estaria vindo todo aquele dinheiro em circulação e concluía que os investimentos de toda a economia estavam resultando em prosperidade.

Investimentos como a abertura de empresas, filiais, compra de novas máquinas e contratação de mais pessoal são decisões que são tomadas considerando um conjunto de possíveis acontecimentos futuros e levando em conta o risco de prejuízo. Quando um investimento não dá certo, ele não se justifica e tem de ser liquidado para que o capital possa ser empregado em outras atividades mais produtivas e saldar as dívidas. Isso é algo que todo empreendedor tem que levar em conta quando investe.

Com uma menor taxa de juros, o crédito fica fácil e a percepção do risco é menor pois caso o investimento não dê certo, juros menores serão pagos e o prejuízo será menor. Se a taxa de juros é forçada pelo governo para um nível mais baixo do que o vigente naturalmente no mercado, a percepção do risco fica deturpada e o dinheiro mais "fácil" é alocado para investimentos que não seriam justificáveis sob uma taxa de juros mais alta.

Com a inflação e instabilidade subseqüentes, o banco central fica obrigado a aumentar os juros. Os investimentos que eram "justificáveis" em um ambiente de juros baixos são liquidados em observância ao novo cenário de juros altos. Em 1928 e no início de 1929, o Fed aumentou as taxas de juros e o processo de liquidação começou. Entre 1929 e 1933, com suas políticas erráticas, o Fed contraiu o volume de dinheiro em circulação em um terço. O crash foi uma tremenda incompetência do governo e não falha do mercado. Aconteceu o que sempre acontece com os governos: mais problemas foram criados porque o governo interviu ainda mais na vida da sociedade para tentar resolver os problemas resultantes de outra interferência do governo.

Os períodos anteriores de contração econômica, em 1907 e 1920, se resolveram em apenas um ano sem praticamente nenhuma interferência do governo. A depressão de 1920 foi enfrentada pelo então presidente Warren Harding, que cortou gastos federais e impostos sob o slogan "menos governo nos negócios". Com isso ele conseguiu debelar a depressão em apenas um ano. Mas a mentalidade vigente em 1929 era a de que "o governo tem que fazer alguma coisa".

Na Grã-Bretanha, o chanceler britânico Neville Chamberlain tomou medidas opostas às dos Estados Unidos e desvalorizou a libra, cortou salários do setor público em 10%, se recusou a impor subsídios à agricultura e as tarifas de seu governo foram as menores entre as maiores economias do mundo. O resultado foi que na década de 30 a Grã-Bretanha teve considerável crescimento econômico e desempenho muito superior a de todos os seus parceiros apesar da queda no comércio exterior.

Mais recentemente, o Japão enfrentou uma dura recessão de crescimento zero durante toda a década de 90 causada pelo aumento extraordinário dos gastos do governo e déficit público, além da recusa a deixar quebrar as empresas que constituíram maus investimentos. Em reflexo, o índice mercado acionário japonês caiu para um quinto do seu topo. Mas com a chegada do primeiro ministro Junichiro Koizumi em 2001, que seguiu mais ou menos o caminho de Chamberlain, os gastos públicos foram reduzidos e já houve recuperação econômica.

Outra economia que vem se recuperando é a Rússia (na época em que este artigo foi escrito, em outubro de 2003). O colapso de 1998 envolveu o sistema bancário corrupto e a bolsa caiu mais de 90%, mas Vladimir Putin conseguiu estabilizar a moeda reduzindo os gastos públicos e instituindo um imposto de renda não-progressivo de 13% fixos, trazendo para a legalidade muitos comerciantes da economia informal e recuperando mais da metade das perdas de 1998-99.

Apenas quando há propriedade privada segura, moeda estável, governos liberais, mercados e pessoas livres para fazer seus próprios negócios é que há possibilidade de investir para o futuro.

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postado por Fernando às      
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